Ó ARAÚJO, QUERES CUNHAS?


O homem tinha muitas cunhas e até parece ter sonhado chegar a ministro, na Rádio Guadiana dizia que ia sentar-se com tudo o que era ministro e milagrosamente vinha dinheiro para todos os seus disparates. Que haveria uma linha de autocarros elétricos para os vila-realenses poderem aproveitar os bons empregos oferecidos em Alcoutim e nos Balurcos, os grandes paquetes iriam entrar no Rio Guadiana.

Era uma fartura de projetos, até se lembrou de anunciar uma escola de calafates! Mas a sua grande promessa e ao mesmo tempo a maior mentira foram os120.000.000€ de investimento em habitação, que seriam financiados a 100% pelo PRR.

O homem era um político poderoso, fotografava-se ao lado de governantes e ainda agora anda com a pantomina das fotografias com poderosos, aproveitando do seu estatuto de “quarto secretário” da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

Mas, com a queda do Governo de António Costa lá se foram as cunhas que nunca teve, nem tem a cunha do Luís Gomes, que tanto o terá ajudado na recondução no cargo que tinha no IEFP se foi.

Agora a culpa é do Governo que mudou de ideia e não lhe dá o dinheiro. Os 120.000.000€ que ele inventou esfumaram-se e agora a culpa é do Governo!



Mas quando é que o Araújo mostra um documento onde aparece preto no branco que o PRR lhe ia dar 120.000.000€?

O mais ridículo é que tanto na última sessão de câmara como na reunião da Assembleia Municipal que se realizou ontem, o pobre deserdado de cunhas apelou ao PSD para o ajudar a convencer o Governo do PS a dar-se o dinheiro que não conseguiu do Governo do PSD. Hilariante não é? A pedir ao PSD que meta cunhas para ele se escapar da mentira dos 120.000.000€!

Agora quer as cunhas do Luís Gomes, quer meter um boné amarelo na cabeça dos militantes locais do PS e levá-los como se fossem idosos, numa excursão ao gabinete do ministro das Infraestruturas, em  Lisboa, para arranjarem o dinheiro que ele disse que tinha, a mentira com que enganou as famílias de VRSA que desesperam por falta de uma casa decente.

É preciso não ter nem verguna na cara, nem muito “esperto” na cabeça. É caso para lhe dizer: Ó Araújo queres cunhas? Toma!