OBRAS DE RETENÇÃO, DIZIAM ELES…


Por várias vezes, tanto o Araújo como o Cipriano asseguraram em reuniões dos órgãos autárquicos que as obras que decorriam no Cine Foz eram apenas obras de retenção. Por maiores que fosse as evidências e apesar das reclamações dos moradores da zona esta gente insistiam em que eram obras de retenção.

Até que o Araújo informou numa reunião de que iria ser feita uma vistoria por suspeita de que as obras que estavam a ser realizadas excediam o autorizado. Mas poucos dias depois mudou a agulha  e disse que a vistoria visava avaliar danos numa habitação contígua à obra.

Passados meses e a pedido dos vereadores da oposições, que muito insistiram no tema, o executivo deixou de esconder o resultado vistoria. Esta foi realizada no passado dia 29 de novembro, data do relatório, mas só ontem, dia 24 de fevereiro, quase três meses depois soube-se o resultado. Os que acusavam o empreiteiro de estar a construir sem licença tinham razão e os que garantiam que se tratava apenas de obras de retenção estavam mentindo.

O Araújo e o Cipriano, perante a denúncia das obras sem licença, poderiam ter dito “vamos fazer uma vistoria”, mas não, asseguraram que eram apenas obras de retenção, isto é, faltaram de forma consciente à verdade.

Mas ainda hoje o loteamento não obteve a licença e apesar de todos os protestos e denúncias, até mesmo de queixas dos moradores junto de diversas entidades, as obras continuaram de forma descarada, sem que ninguém as tenha mandado parar.

Porque razão as obras não pararam? Isso explicaremos num próximo post, já que na reunião da CM de ontem o Araújo e o Cipriano fizeram declarações interessantes, que explicam muita coisa, confirmando muito do que aqui se tem denunciado.

Por agora, resta concluir que esta vistoria, um pouco simpática na forma como descreve as obras que foram feitas de forma abusiva, já que o que foi contruído é um pouco mais do que se escreve, coloca o Araújo e o Cipriano numa situação difícil. Até podem ser acusados do crime de denegação de justiça, já que nada fizeram para aplicar a lei ou, pior, transformaram o empreendimento numa obra sem lei, provavelmente por motivos políticos.