TERÁ SIDO UM ESTREMALHO?






É um velho tique da nossa São, sempre que pode dá um ar de forte. Há mais de um ano, um cidadão portador de uma deficiência que o obrigava a usar uma cadeira de rodas desafiou-a a tentar chegar à praia numa cadeira de roda e aceitou logo o desafio! Até hoje estamos a aguardar que cumpra a palavra, nem que seja com o mano a empurrar a cadeira.

Recentemente, quando a praia esteve encerrada para banhos por causa de bactérias com origem em fezes, voltou a armar-se em forte, que ia fazer análises a um laboratório independente. Bem, já passaram alguns dias e continuamos à espera dos resultados. O que nos vale é que sempre que a São faz uma promessa, a primeira coisa que fazemos é ir biscar uma cadeira. Não temos memória de ter cumprido qualquer promessa, para além da alteração do contrato com a ESSE para favorecer esta empresa, sinal de que na ESSE não precisam de cadeiras.

Mas a tal ideia de que a culpa terá sido de um barco não deixa de suscitar algumas interrogações, até porque estranhamente se afasta a hipótese de a fonte de poluição vir de terra, por exemplo, de alguma ETAR. Os paquetes passam ao largo e neste momento estão nos cais, enquanto os cargueiros costumam ter meia dúzia de pessoas e as rotas ficam muito ao largo, pelo que seria muita pontaria um aflito vir a poluir uma costa de vários quilómetros.

Enfim, esperamos pelas tais análises e se incluírem a água do Guadiana ficaríamos mais tranquilos, não fosse o barco culpado ser algum estremalho ou mesmo algum bote de pescadores do rio. Mas enquanto não sabemos qual foi o estremalho que contaminou a costa talvez não fosse má ideia perguntar à São como vão as contas com a ECOAMBIENTE.

Em tempos a ECOAMBIENTE não limpava porque a CM não lhe pagava a dívida. Depois a São descobriu que, afinal, era a ECOAMBIENTE que devia dinheiro. Bem, pelo estado de sujidade em que está o concelho dá para imaginar que as penalizações aplicadas à ECOAMBIENTE que a São ainda vai pagar as dívidas do Município antes de a “varrermos” do Município para fora.

Mas enquanto a São não nos diz quais foram os resultados das análises talvez nos pudesse dizer quantas pessoas estão varrendo no concelho. Será que uma mão chega para as contar?