VRSA NÃO TEM CM




Aquele edifício que está ali, na Praça Marquês de Pombal, é tudo menos uma câmara municipal e quem ali manda só é presidente da CM para dar ordens ao pessoal que gere a burocracia e cobra as taxas e ter o nome na folha de pagamento. Aquilo que há em VRSA já não é uma câmara municipal, talvez nem mesmo uma espécie disso.

Poderá ser um estúdio de cinema e paria isso tem o Tiago, poderá ser um produtor de laranjas da praça e para isso contratou um engenheiro hortofruticultor, poderá ser um banco alimentar e par isso contratou assessores, pode ser muita coisa, mas por aquilo que faz é tudo menos uma câmara municipal e as pessoas só a vêm assim porque não se podem escapar às taxas.

Uma CM costuma assegurar a higiene pública, assegurando que a sujidade não ajuda a propagar doenças e parasitas, mas nada disso é feito no concelho. Uma CM costuma eliminar baratas e ratos para evitar a transmissão de doenças perigosas, mas isso é feito a título tão excecional que até uma mera desbaratização é um acontecimento digno de ser decretado feriado municipal. Uma CM assegura a manutenção de infraestruturas públicas mas os repuxos da Av. da República mostram que isso não se faz.

Então para que serve a nossa CM, qual é a visão da São Cabrita a propósito do seu papel?

A CM serve para vender o negócio das águas proporcionando lucros a uma empresa que multa a torto e a direito e cobra que se farta. A CM serve para mandar os vila-realenses pagar o estacionamento nas ruas construídas pelos seus antepassados e mantidas com os seus impostos. A CM serve para encher as principais ruas do concelho com vendedores de duas rodas a fazer concorrência desleal aos comerciantes do concelho.

Esta CM não existe para servir, existe para que alguns se sirvam do concelho e do que os vila-realenses ganham com o seu trabalho.