Normalmente os políticos mostram a obra com inaugurações quando se
aproximam as eleições. Mas o Araújo não fez nada e não tem onde colocar placas
a não ser na obra dos outros, como já sucedeu com três das suas placas.
Mas o desespero leva ao engenho e o Araújo já que vai perder
as eleições e precisa de “comprar” votos a qualquer custo, porque este autarca
não ganha o voto, compra-o com o dinheiro de todos.
Enquanto os outros autarcas andam na rua contactando as
populações, parece que o Araújo tem medo de sair à rua sozinho, compreende-se,
depois de tanta tirania, de tanta censura, de tantas vinganças e ameaças o
melhor é sair acompanhado do segurança ou do motorista.
Então inventou uma nova forma de contacto com as populações,
convoca-as para reuniões. Depois de mais de três a ignorar os pedidos de
reuniões, preferindo estar semanas em viagens, o Araújo lembrou-se que afinal,
também precisa dos vila-realenses. Agora chama as pessoas para lhes prometer
casa e como o tempo escasseia começa logo de manhã cedo.
Mas encontrou uma nova forma de fazer comícios, convoca os
residentes dos bairros para reuniões a céu aberto, no meio da rua, isto é, leva
as pessoas a participar em comícios forçados, para lhes falar de obras de
requalificações.
O problema é que num jantar natalício em fevereiro de 2023
prometeu que as obras de requalificação dos bairros sociais começaria ainda no
primeiro trimestre de 2023. Depois disso já enganou os residentes dos bairros
sociais mais de uma vez. Ainda em abril passado foi ao Bairro dos Navegantes,
em Monte Gordo, dizer que as obras começariam em breve.
Agora parece ter inventado dinheiro e garante que vai
começar as obras. Mas mostro alguma decisão que sustente que tem dinheiro. E
quando começam as obras, em que dia?
Vai daí e inventou um novo tipo de comícios, convoca as pessoas, usa camiões, equipamentos e pessoal da CM e vai prometer-lhes o início das obras de requalificação dos bairros sociais. Que maravilha de político, do que se lembrou a poucos dias da campanha eleitoral e quando sabe que tudo o que venha a acontecer será responsabilidade de quem for eleito.
Na verdade, o Araújo precisa desesperadamente que votem
nele, sabe perfeitamente que nada fará antes das eleições, que nem sequer sabe
se será a CM a comprar os prédios do Cine Foz, mas insiste em transformar as
dificuldades das pessoas em matéria de habitação em votos, para que ele e os
amigos continuem a enriquecer.
Porque a verdade é que enquanto os vila-realenses não têm
casa, parece que o Araújo decidiu ter uma segunda casa na Costa Esuri, em
Ayamonte.