OS TRINTA DINHEIROS DO ÁLVARO LEAL

 


Bem vistas as coisas, o Araújo até poderia ter dito não ao negócio do bandeamento do eleito com os votos da CDU, já que durante este mandato autárquico a CDU, mesmo sem qualquer acordo foi um firme apoio ao executivo.

Mas o Babita queria servir VRSA e por isso traiu que o elegeu e “vendeu-se por trinta dinheiros” ao Araújo. O negócio foi mais rápido do que um relâmpago e dizem-nos as más-línguas que a primeira coisa que o vereador bandeado fez foi mudar a conta bancária nos serviços da CM.

Pois é, durante quatro anos o vereador Álvaro Leal ganhou €4.261,85 mensais, fora as viagens, as ajudas de custos, os almoços e outras coisas de que beneficiou durante quatro anos.

Nada mau, de modesto funcionário em Castro Marim passou a ganhar muito bem, ter um carro para uso pessoal e segundo as más línguas dormia livremente até mais tarde, principalmente quando o Sporting sofria alguma derrota.

Terá valido a pena? Se o fez é porque iria ganhar, mas a “mama” vai acabar, o Álvaro Leal pôs fim da pior forma à sua breve carreira política, nunca se livrará da chaga de ter traído um partido que na sua família foi de várias gerações, algo de que tanto se gabava e carregará para o resto da vida com o selo de bandeado.

E como se isso não bastasse, foi tratado pelo Araújo como se fosse uma pastilha elástica, que o ainda presidente da CM mastigou enquanto tinha açúcar, para no fim jogá-la fora.

Valeu a pela Álvaro? Triste fim para alguém a que na nascença lhe deram o nome do então líder do PCP Álvaro Cunhal. Enfim, os dois Álvaros, o Araújo e o Leal, estavam bem um para o outro, um destruiu a democracia usando os recursos da CM para comprar eleitos por outros partidos e o segundo gostou muito dos trinta dinheiros que ganhou ao trair um partido com muita história em VRSA.