Um político inteligente que usando recursos do Estado distribui
habitações sociais não se aproveita com recurso à imagem deste tipo de
operações, os seus eleitores não são parvos e saberão se devem ou não ficar
gratos.
Mesmo que a título de caridade dá alguma coisa, se for
pessoa de princípios evita a exibição desse gesto, evitando “cobrar” a bondade,
é um princípio de verticalidade e de ética. Se cobrar um gesto de caridade
pessoal já nos enoja, cobrar esse gesto quando são usados dinheiros públicos
resultando de iniciativas nacionais e que foram usados por todas as autarquias,
além de nos enojar, revela uma grande falta de ética política, que no partido que
o vianense transformou num partido familiar com tiques de extrema-direita, se
designa pomposamente por “ética republicana”.
Aquilo a que temos assistido em VRSA com um político pouco escrupuloso
a cobrar a todos os vila-realenses tudo o que faz com dinheiro que nem sequer
resulta da sua gestão desastrada revela muita falta de inteligência política,
para além de um oportunismo descarado. Digamos que estamos perante um caso de
pequenez política da pobre criatura.