O autarca de Vila Real de Santo António é um caso nacional
único de culto da personalidade. Mas, pior do que isso, é o único político que
parece condicionar toda a gestão de uma instituição como é o caso de uma câmara
municipal à sua agenda pessoal de promoção de imagem.
Mas quanto custa ao Município mais endividado do país esta
promoção da imagem do moço de Viana? Não é preciso fazer muitas contas para se
perceber de que estamos a falar de centenas de milhares de euros anuais, o que
ao fim de quatro anos de mandato não estará longe do milhão de euros.
Isto é, os vila-realenses pagam através de taxas municipais
e dos seus impostos, que no caso do IMI é cobrado na taxa mais alta, para que o
moço de Viana se aproveitar do poder que tem para se promover pessoalmente como
político. E nada deste esforço de promoção tem qualquer interesse para o
concelho.
O Rui Setúbal dizia-nos que no anterior mandato a CM tinha
uma vasta equipa para a imagem. Pois é, mas depois disso o moço de Viana
contratou:
Um assessor de imprensa por mais de 80.000 € anuais
A filha de uma ex-vereadora para trabalhar na imagem, um
fotógrafo pessoal, para além daquele com que o Município já contava.
A esposa do candidato independente a Cacela para trabalhar
na imagem.
Um responsável da UTL para lhe escrever os discursos.
Há mais, mas fiquemos por aqui. Mas a loucura não se fica
por aqui, temos de considerar que muitas festarolas são montadas a pensar na
promoção do autarca, uma boa parte do seu tempo é dedicado às suas sessões
fotográficas.
Estamos perante uma verdadeira loucura, um absurdo. Mas isto
não só é ridículo, e cheira a doentio, é também um abuso.