Durante muito tempo os residentes do prédio da Rua de Angola
foram abandonados pelos políticos locais, o executivo cumpriu uma exigência do FAM
e rescindiu os contratos de arrendamento com os fundos, deixando os residentes entregues
à sua sorte. Os outros partidos com assento na Assembleia Municipal desprezaram
os residentes, dizendo em surdina que eram gente do Luís Gomes.
Quem denunciou a situação e tornou o problema destes
residentes na agenda política de VRSA foi o Largo da Forca com as suas
denúncias e na ocasião trocámos dezenas de mensagens com os residentes, que não
encontraram apoio em ninguém. Quando as eleições estavam próximas o assunto
mereceu o devido destaque o Araújo e o agora vice-presidente, numa manobra de
oportunismo político que lhes é muito habitual, foram reunir com os residentes
e logo ali lhes garantiram ter uma solução jurídica.
De seguida, armaram-se em espertos, propuseram a solução em
sessão de câmara e apressaram-se a a emitir um comunicado para cobrar os
louros. Na ocasião o LdF denunciou o oportunismo, e manifestou as dúvidas sobre
a solução.
Depois do Araújo ter comprado as casas, em vária ocasiões
gabou-se do sucesso e lembrou os posts do LdF da ocasião do comunicado. Ora, no
comunicado o Araújo não propôs a compra dos prédios ao abrigo do 1.º Direito
com fundos do PRR. EM primeiro lugar porque não tinha nem podia ter qualquer
acordo com o 1.º Direito, porque na ocasião os municípios sem recursos não os
podiam assinar e foi por isso que o executivo da São Cabrita nunca avançou para
uma Estratégia Local de Habitação. Em segundo lugar, a CM não tinha dinheiro.
O que o Araújo e o então causídico fizeram foi enganar os residentes com uma solução jurídica de que esqueceram quando chegaram ao poder e se apressaram a comprar os prédios com grandes lucros para os fundos. A solução do Araújo e do causídico que consta no comunicado era a seguinte:
«Sabendo ainda que, a CGD, quando decidiu vender as casas, de
acordo com a Lei em vigor, seria obrigada a informar o Município de VRSA, na qualidade
de arrendatário, dando-lhe o direito de preferência na aquisição. Uma vez que a
Câmara Municipal nunca se pronunciou sobre esse direito de preferência que
detinha sobre as casas do prédio n.º 27 da rua de Angola, sendo essa uma das
atribuições, leva a concluir que a CGD não cumpriu a Lei.
O PS propôs que a Câmara Municipal deve requerer, junto das instâncias de preferência a que a Lei obriga.»
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Então porque razão quando chegaram à CM e se esqueceram das
vária posições do Araújo, preferindo comprar os prédios a preços absurdos. A
verdade é que neste negócio não são os residentes que deverão estar gratos ao
Araújo, esses ficaram com as casas a que tinham direito, mas não pelos
argumentos do Araújo.
Esta foi a primeira mentira do Araújo neste negócio. Mas há
mais que ficam para próximos posts.
PS: Estamos à espera de que o Araújo aceite o nosso desafio
e terminada a série de mentiras agende um debate público para que as desminta,
para se saber quem é o mentiroso.