VRSA ESTÁ A EMPOBRECER


O rendimento médio após impostos de VRSA situa-se em torno dos 800€ e é de apenas de mais 14€ do que em Castro Marim. Se considerarmos que em VRSA há muitos mais funcionários públicos, mais atividades de serviços, enquanto em Castro Marim há mais população rural maioritariamente idosa, não é difícil de perceber que muito provavelmente em VRSA há proporcionalmente mais pobreza do que no concelho vizinha.

Não só é fácil de perceber como é visível e muito provavelmente esta pobreza visível nalgumas áreas urbanas tem uma dimensão menor do que a pobreza escondida, bastando falar com trabalha em ONGs como a Mão Amiga ou a Refood para termos a noção da dimensão da pobreza.

Mas, o mais grave é que não se tem visto nos últimos anos qualquer política para inverter este ciclo de empobrecimento. Nos últimos três anos o investimento no concelho foi quase zero e só não foi zero porque uma empresa americana instalou um call center, pelos vistos obra do ex autarca Luís Gomes.

O que fez o Estado e, em particular, a C;M para contrariar esta tendência? Rigorosamente zero. Não só não se fez nada como se investiu no sentido de multiplicar a riqueza, desviando os recursos para eventos e festarolas que apenas se traduziu em desperdício.

VRSA está cada vez mais pobre do que os concelhos algarvios e até de concelhos rurais que no passado. O crescimento do turismo é conseguido à custa do turismo mais pobre, enquanto à nossa volta se investe em empreendimentos de luxo. Em Castro Marim vimos nascer grandes empreendimentos enquanto em VRSA apenas cresce o turismo dos alojamentos locais.

É preciso repensar o futuro do concelho e lamentavelmente o executivo da CM não está à altura deste desafio.

É preciso inverter esta tendência o mais depressa possível, é preciso mais desenvolvimento e para isso precisamos de líderes com visão estratégica em vez de gente que quer o poder para enriquecer.