Em VRSA a pobreza tem vindo a reproduzir-se transformando a
pobreza económica em pobreza cultural, mais dif´´icil de combater. Como se
explica que grandes investimentos no ensino ou nas políticas de emprego tenham
fracassado.
Antes de mais pelo baixo perfil do investimento realizado no
concelho, com um baixo nível de qualificações e assente em baixos salários. Mas
se não há procura de trabalhadores qualificados também não há estímulo para a
qualificação. Por outro lado ensino público não oferece saídas profissionais,
para além da sua qualidade ser questionável, se avaliada pelos resultados.
Mas a grande máquina reprodutora da pobreza local está no
Instituto de Emprego e Formação Profissional, já que não passa de uma caixa de
correio de propostas de emprego e de uma máquina especializada em disfarçar o
desemprego e a pobreza.
Em VRSA a situação é ainda mais grave, tem havido uma grande
promiscuidade entre política e IEFP, chegando-se ao ponto de as medidas das
políticas de emprego serem usadas para favorecer políticos da CM com as já
famosas vagas de POCs, através da qual políticos sem escrúpulos tentam comprar
votos com dinheiro do Estado, cobrando a gente pobre um emprego miserável, a
que teriam direito independentemente dos políticos.
Esta promiscuidade aumentou com o atual executivo
camarários, já que os funcionários que no IEFP eram da confiança pessoal do Araújo,
têm vindo a migrar para CM, já que o atual presidente parece não confiar em ninguém.
Como é óbvio estes políticos não têm o mais pequeno
interesse em combater a pobreza, já que a sua riqueza e das famílias
oportunistas que vivem dos esquemas na CM depende da continuação da pobreza e
da vulnerabilidade dos mais pobres.
Curiosamente o ainda presidente da CM fez muitas promessas
neste capítulo, até porque fora daquilo que aprendeu no IEFP , é um zero à
esquerda, do ponto de vista técnico. Aliás, mesmo em matéria de emprego e
formação profissional não parece valer um caracol, a crer pela sua proposta de
uma escola de calafates.
Infelizmente, parece que a especialidade do Araújo foi a
adquirida no IEFP, a multiplicação da pobreza.