Ó ARAÚJO, LEMBRA-TE DESTA MENTIRA

 


Bem mentes tanto que já nem te deves lembrar desta mentira, que, digamos, foi uma mentira muito porquinha. Foi num jantar de Dia de Reis do PS do ano de 2023, há dois anos.

Mas nós servimos de cábula e recordamos-te o que disseste, que as recuperações das 500 casas dos bairros sociais iriam iniciar-se ainda no primeiro trimestre desse ano. Ó Araújo, a mentira era tão descabida que convenhamos que alguém com um palmo de inteligência se lembrava de dizer tal coisa.

Para começares essa obra não só teria que contar com o despacho favorável como para que tal fosse possível terias que já ter promovido e concluído um concurso internacional, já que estava em causa uma obra de 40 milhões de euros.

Ó Araújo, sabia que estavas a mentir pois nem sequer tinhas lançado o concurso. Não tens vergonha de ter enganado os seus camaradas? Ao ouvir as suas palmas não te sentiste mal, sabendo que até aos teus camaradas enganas?

Mas pior do isso, não sentes vergonha de mentir a pessoas que vivem tão mal, a famílias com filhos que vivem em casas degradadas? Uma coisa é prometer algo que por motivos que nos são alheios não sucede. Não, ali estavas a mentir e sabias que estavas enganando muita gente que vive em dificuldades e que andas a enganar há anos.

Então mesmo depois destas mentiras vergonhosas e sabendo muito bem que o dinheiro do PRR para a habitação se tinha esgotado e que esta obra nunca seria realizadas, ainda tivestes o desplante de andar a organizar reuniões bairro a bairro, voltando a prometer as reparações?

Estas pessoas não vivem numa vivenda luxuosa, que segundo as más-línguas já vendeste para construir uma melhor. Estas pessoas não ganham o que tu, o inútil do gajo dos vibradores ou do Rui Setúbal ganham à custa da política, sem fazerem aquilo que o povo designa por ponta de um corno. É gente trabalhadora, gente honesta que por não serem azeiteiros da política sobrevivem com ordenados e pensões baixas, lutam por sobreviver e por dar o melhor aos seus filhos, vivendo em casas altamente degradadas.

Mereciam ser respeitadas e tratadas com dignidade, sem serem enganadas, para votarem e ti e poderes continuar a viver bem à custa do Estado.