LARGO DA FORCA
Voz da democracia e da liberdade de expressão em Vila Real de Santo António
IDIOTAS
Uma das coisas que mais impressiona no Ciprianistão é a
estupidez política dos seus responsáveis, bem evidente na forma como se
relacionam com o Largo da Forca. Na tentativa de se escaparem à denúncia da
incompetência, da falta de transparência e de outros tiques que moldam a sua
atuação, fazem de tudo para silenciar o Largo da Forca.
Os truques são mais ou mesmos os menos desde o princípio e
envolvem ameaças, ofensas, acusações falsas de cartas anónimas que muito
provavelmente são escritas pelos próprios, perseguição de todos os que por aqui
comentam ou colocam likes e uma tentativa desesperada de eliminar as situações
aqui denunciadas. Não hesitam em telefonar, enviar mensagens ou mesmo chamar
pessoalmente pessoas que fazem comentários.
São tão estúpidos que acham que as ideias e opiniões se
transmitem pelos likes ou que as ameaças impedem os vila-realenses de ler o LdF
no Facebook ou no blogue. É óbvio que muita gente evita aturar os Ciprianos, já
que entre irmãos e cunhados são uma boa meia dúzia, unidos em torno da São,
para que ela não seja afastada das benesses do poder. É óbvio que todos os dias
o LdF é lido, comentado e partilhado pelas mais diversas vias, que se escapam à
vigilância pidesca.
A verdade é que hoje ainda têm alguns apoiantes, mas nenhum
vem a público defendê-los, apoiam-nos para continuarem a beneficiarem do pouco
que a autarquia ainda pode oferecer, apoiam-nos por puro oportunismo, um
oportunismo que há quase 15 anos que é promovido no nosso concelho, corrompendo
os valores de muita gente.
Infelizmente a estupidez não é um exclusivo dos responsáveis
do Ciprianistão, já se começa a sentir nos que querem substituir o
Cirprianistão no Araujistão. Convencidos de que os métodos dos do Ciprinistão
são os melhores por se terem revelado vencedores em quatro eleições consecuitivas,
os imbecis que defendem o Araujistão imitam os truques e já não é só o senhor
do medronho a chamar as pessoas que fazem comentários no LdF.
Também já não são os únicos a dizerem que o que se escreve
no ldF é tudo mentira, agora que se sentem incomodados usam os mesmos esquemas,
tentam secar o LdF bem como todas as alternativas políticas que lhes escapam ao
controlo, dizem que o que aqui se escrevem e chamam pessoas que aqui se manifestam.
Enfim, parece que a estupidez é contaminável. É uma peja que as lideranças
nacionais do PS e do PSD não saibam o que aqui se passa e como os seus valores
são ignorados.
URGE LIBERTAR O CIPRIANISTÃO
Passados 4 meses desde o início da pandemia qual é o balanço
da ação dos Cabritas á frente da CM?
Logo que foi declarado o estado de emergência a presidente
da CM, habituada à propaganda fácil e gratuita, apressou-se a anunciar que
tinha constituído uma “equipa de trabalho” para avaliar o impacto da pandemia
na economia do concelho. Passados quatro meses imaginamos que a autarca
continua preocupada e que a sua equipa de trabalho está trabalhando
intensamente.
Mas até ao momento e com as empresas do concelho em crise e
apesar dos elogios feitos em comunicado feito p+elo grupo do Rui Setúbal e
Álvaro Araújo, a rapaziada ali do prédio com um buraco no telhado, a verdade é
que a autarquia tem passado pela crise que os nossos empresários enfrentam como
raposa por vinha vindimada.
Não fez nada mas não se esqueceu de se juntar à delegada de
saúde e ao pessoal das juntas de freguesia amigas para organizar arruadas
institucionais que rapidamente apareceram em vídeos de propaganda do regime.
Uma presidente preocupada visitava com alegria os comerciantes no dia do
desconfinamento.
O problema é que atrás desta propaganda oportunista temos
uma economia em crise profunda e se alguém tinha dúvidas, as imagens que
passaram ontem na TVI acordam-nos para a realidade. A TVI mostrou uma rua de lojas
e esplanadas vazias e se os jornalistas soubessem que a nossa autarca não prescinde
de um tostão das esplanadas e escaparates das lojas teriam uma noção exata do
desastre e da incompetência com que este é abordado pelos Cabritas.
Mas nem todas as empresas estão infelizes, a ESSE, que cada
vez mais aparece como grande pilar do regime, parasse estar feliz, já cobra
taxas e multas e parece que enquanto os vila-realenses estavam confinados até
terão comprado terrenos da CM, em Monte Gordo, onde jhá vão cobrar taxas
enquanto não conseguirem os bons lucros que esperam obter com este negócio, à
semelhança do que sucede com todos os negócios que fazem com a CM.
Quando é que nos conseguiremos livrar dos Ciprianistão e devolver a autarquia
ao povo e ao concelho? Esta gestão autárquica começa a ser uma tortura, a
incompetência é tanta que até o mano da Manta Rota já lançou à sua candidatura
autárquica, fazendo parecer que o que resta do PSD em VRSA é uma célula
partidária dos Ciprianos.
VÁ LÁ SÃO, EXPLICA!
A nossa estimada São, que aqui no Largo é conhecida carinhosamente
pelo diminutivo típico da terra Sanita, é uma rapariga que além da
incompetência, das muitas faltas à verdade e da tendência para a gestão ruinosa
da autarquia ainda tem muito azar.
Uma das suas especialidades políticas é fazer suas as
medidas políticas simpáticas do governo em relação às escolas, um setor que
seria de esperar que fosse uma prioridade, até porque a sua equipa política
aposta muito nas eleições dos órgãos de gestão das escolas. MAS nem nas escolas
a nossa autarca consegue fazer alguma coisa de jeito.
Depois de uma prestação desastrosa durante a epidemia, onde
foi a autarca que menos deu às escolas, isto para não dizer que não deu nada, a
senhora aproveita-se de todas as iniciativas alheias para tentar mostrar
serviço. Quem visita o Facebook dá agora com um cartaz onde muitos dos mais
distraídos encontra mais uma grandiosa iniciativa da CM no domínio do ensino,
proporcionando aos estudantes um seminário via web, onde se poderão informar sobre
os cursos proporcionados pela Universidade do Algarve.
Isto não passa de fruta da época, com a aproximação das
inscrições no ensino universitário todas as universidades do país desenvolvem
iniciativas que visam captar os alunos, de preferência os melhores alunos.
Quanto melhores forem os alunos que ingressam numa universidade, melhores serão
os seus resultados e é assim que se consegue aumentar o seu prestígio.
Mas o que a nossa Sanita não vai divulgar certamente é a
posição da escola secundária de VRSA no ranking das escolas do país e do
Algarve. Não o vai fazer porque ela só gosta de propaganda e não lhe interessa
ter de explicar como é que depois de tantos milhões a nossa escola fica em tão
má posição. Não o vai fazer porque não lhe interessa ser confrontada com uma
realidade em que tem tantas responsabilidades.
Como é que explica como é que depois de tantos milhões gatos
o nosso concelho fica tão mal visto nestes rankings e só ganha no na dívida e
na incompetência na gestão financeira do Município? Vá lá São, dá uma
explicação para isso no Facebook da CM, vá lá explica lá como é que conseguiste
tão brilhante resultado! Como professora, irmã, de professora, cunhada de professor e cunhada de professora e como vila-realense não sentes um bocadinho de vergonha? Olha que se não sentes, nós estamos cheios dela.
Vá lá, faz um favor, um único, ao teu concelho, demite-te!
Vá lá, faz um favor, um único, ao teu concelho, demite-te!
RAPINANÇO
Os quase 15 anos de gestão dele e dela podem ser designados
do ponto de vista financeiros por rapinanço, ao fim de gastarem as receitas de 15 orçamentos, de
promoverem uma dívida insustentável, de venderem tudo o que tinham e até o que
não tinham, já pouco lhes resta e o pouco dinheiro que conseguem arrebanhar com
as taxas mais altas do Algarve e uma taxa de turismo absurda que até cobram em
tempos de ruína do setor do turismo, servem para pagar aos advogados mais caros
do país, na tentativa de se escaparem às consequências ou de mandarem para
debaixo do tapete algumas dívidas que andam escondidas.
Mas nada se escapa a esta politica de rapinanço e agora há
um novo PDM, mais uma esperança de obter mais receitas, porque há por aí muito
terrenos que mudou de estatuto e pode ser usado para outros fins. Até parece
que dá para ignorar as decisões dos tribunais, como mostra um post de Miguel
Veloso que reproduzimos:
«Se fosse jantar com o meu amigo João.
- Viva!
- Viva! Como vai isso?
- Tudo bem, obrigado. Que cara é essa? Que é que te
preocupa, Amigo?
- Isto. No Jornal do Algarve, do passado dia 11 de Junho
de 2020, a Câmara Municipal fez publicar um aviso a tornar público que, na sua
reunião de 12 de Maio de 2020, deliberou “aprovar a realização da Alteração ao
Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António”.
- Até aqui tudo bem!
Promover uma pequena alteração ao mais importante
documento que suporta e orienta toda a política de gestão do município, tendo
em consideração que o mesmo foi promulgado em 1992 e, por razões que a razão
desconhece, nunca foi revisto, não tem nada de estranho.
Pode-se mesmo considerar “natural” que seja necessário
fazer pequenos ajustamentos.
- Só que o que me chamou a atenção, está na justificação
da necessidade da alteração: “legalizar os processos de licenciamento urbanístico
de um conjunto habitacional de sete fogos (…) e de um condomínio privado”.
- E porque é que é necessário legalizar processos de
licenciamento?
- Muito simples, porque estes dois processos de
licenciamento “obtiveram declarações de nulidade proferidas pelo Tribunal
Administrativo e Fiscal de Loulé – Serviços do Ministério Público”.
- Ou seja, dois processos de obras que o tribunal
declarou nulo o seu licenciamento – quer dizer, o que está ilegalmente
construído tem que ser demolido – vão, agora, ficar legais?
- Exactamente. Mas há mais.
- Há mais?
- Sim, consultados os documentos que suportam a
deliberação, ficamos a saber, pela proposta apresentada pela senhora
Presidente, que “apenas o tema referente à alteração do artigo 89º do
Regulamento do Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António, [é]
susceptível de proceder à legalização das operações urbanísticas já efectivadas
no terreno, e reverter o teor da declaração de nulidade proferida pelo
Tribunal”.
- Não percebo onde esteja o problema...
- É muito simples, lê o que diz o artigo 89º do
Regulamento do PDM, publicado em Diário da República de 4 de Junho de 2009.
- O artigo 89º do Regulamento... onde está? Só encontro o
88º.
- É isso mesmo, para além de se “gerir” o uso de solos à
“medida” dos interesses particulares de alguns, os fundamentos legais para essa
“gestão”, não existem!
- Então e agora? E os vereadores, os que apoiam e os que
se opõem, não dizem nada?
- Não sei. Não me meto na vida particular dos outros.
Agora vamos mas é jantar. Os que “mandam cá pelo burgo” e
as “forças vivas da cidade”, que decidam.»
SÃO TODOS RESPONSÁVEIS
Dizer que o Luís e a São são os responsáveis exclusivos do
desastre a que foi conduzido o Município de Vila Real de Santo António é uma
forma de passar uma esponja pelas responsabilidades de muita gente e numa terra
onde muita gente gosta de se bandear já falta pouco para que todos estejam a
atirar pedras ou a assobiar para o ar.
Mas as várias centenas de milhões que foram gastos por esta
liderança autárquica, sem que se consigam ver nem a obra, nem os resultados não
foram atirados para uma sarjeta, permitiu a muita gente viver acima do que em
condições normais e sem oportunismo teria vivido. Compraram-se grupos sociais,
etnias e famílias inteiras com décadas de militância em partidas da oposição.
Vimos gente a bandearam-se todos os dias, vimos ilustres
responsáveis políticos da oposição que até parece quererem ressuscitar agora
que alguém fez oposição por eles, desistirem de participar em candidaturas dez dias
antes da entregas das listas, para que depois
as esposas fossem integradas na CM pelo Luís Gomes. Vimos um senhor que
agora é candidato fazer-se passear com o Luís Gomes no mesmo dia em que o seu
partido fazia campanha em Monte Gordo.
Não é por acaso que eles ganharam as eleições,
conseguiram-se graças à combinação de dois fatores, a compra de votos e a
incompetência da oposição. E ainda hoje usam os poucos tostões para “comprar”
votos, enquanto que personagens como o Sr. Rui Setúbal ou o seu candidato
Araújo lhes continuam a prestar preciosas ajudas promovendo uma oposição flácida
e incompetente.
Tem, valido de tudo para que um pequeno grupo, agora
reduzido a uma família de gente sem grandes méritos se tenha transformado em
poder asfixiante. Generosidade à custa de recursos públicos, compra de adversários,
hordas de assessores, gestão de recursos humanos em função das opções
políticas, promoção das esposas dos adversários políticos, negócios pouco transparentes,
tem valido de tudo para ganhar.
É bom que os que se bandearam, os que aceitaram prendas, os
empresários que os levaram ao colo, os políticos sujos que boicotaram os seus
próprios candidatos não se esqueçam de que todos são Luís Gomes, de que todos
são São Cabrita, porque todos se juntaram para arruinar um concelho que ao
longo de muitas décadas foi um dos mais dinâmicos do Algarve.
Enfim, devem todos ter muito orgulho no que fizeram à nossa
terra.
BASTA
Esta terra já não tem uma autarquia, aquilo já não parece
estar ao serviço do concelho e do seu povo e só é Estado porque nos pode vender
o património ao desbarato, porque nos cobra taxas e porque recebe dinheiro dos impostos
e taxas. De resto, já nem se pode falar em partidos, é uma família que ali se
instalou, que por acaso fez carreira no PSD, mas que por aquilo que temos vistos
noutros partidos também poderia estar ali pela mão de um Luís ou de um Rui
qualquer.
Já gastaram tudo, já consumiram todo o crédito que poderiam
consumir, já nos endividaram por décadas, mas mesmo assim o padrão de gestão
continua a ser o mesmo, gerir em favor da clientela que assegura votos, para
que o bom ordenado vá para as contas no fim de todos os meses, para que à Manta
Rota cheguem muitas ofertas de charutos caros e medronho, para referir o que se
divulga no Facebook, para que o cunhado possa continuara estar longe da escola,
para que a Herbalife faça bons negócios.
De resto, tudo não passa de uma ópera bufa, compram-se duas
caixas de máscaras e faz-se uma encenação com o comandante dos bombeiros, que
mais parece uma foto de propaganda com dois candidatos políticos. Arranjam-se
uns tostanitos e encena-se a entrega de tablets aos estudantes, mas que terão
de ser devolvidos no fim do ano ou comprados por 137€. Lavam-se meia dúzia de
ruas no meio de uma terra que transformaram na mais porca do Algarve.
Mas não importa, o importante é que votem nos Cabritas e
para isso faz-se o que se pode, oferece-se uma esplanada em cima de uma
escadaria e longe da loja a uma família, para que todos votem. Transformam-se
as principais ruas do concelho em feiras permanente para que muitas famílias
numerosas ajudem a impor os Cabritas ao concelho. Gere-se os recursos humanos
do Estado em função do seu apoio à família.
Isto não é um Município, não é gerido a pensar no futuro, nem
sequer se cuida de ter um pequeno fundo de maneio para acorrer a situações
dramáticas como vimos com a pandemia, tudo se faz apenas a pensar numa coisa,
assegurar que os Cabritas continuem bem na vida depois das próximas eleições,
estamos nisto desde que ela foi eleita, com os que mamam a votarem em massa
para que possam continuar a mamar em prejuízo de todos os outros, destruindo um
concelho e comprometendo o futuro de todos.
MAIS UM SURTO DE INCOMPETÊNCIA
Nem mesmo a grave situação criada pela pandemia de covid-19
levou a nossa autarca a mudar os seus métodos e a evidenciar uma gestão
orientada para o Município, em vez disso multiplicam-se os sinais de que tudo
serve para se promover, para iludir a realidade financeira e para transformar
um mandato autárquico numa campanha permanente.
Perante uma crise tão grave e apesar de ter deito tantos vídeos
no papel de líder da proteção civil, a verdade é que para a história ficam hospitais
de campanha de necessidade mal explicada e muitas fotos e vídeos de promoção da
imagem pessoal, a começar pela famosa imagem da oferta de umas caixinhas ao
comandante dos bombeiros.
Pouco ou nada se fez para promover o esclarecimento da
população e em particular de estratos sociais com menos cultura, nada se fez
para que nos mercados municipais se tivesse respeitado o distanciamento social
e quando se entregaram meia dúzia de máscaras montou-se uma operação em que não
se hesitou em ignorar uma das juntas de freguesia.
No que se refere a mitigar as consequências económicas e
sociais da pandemia a autarquia optou pela mentira e lança um grandioso plano
de medidas sociais, sem quaisquer medidas sociais a não ser as refeições para
alunos das escolas, implementada pelo governo muito antes de a autarca a ter
divulgado como sendo uma iniciativa dela.
A autarca sabe muito bem que a sua maior prioridade é
cumprir o que assinaram com o FAM, porque se não cumprir pode perder o mandato
e ser condenada a pagar uma pesada indemnização ao Estado o que, aliás, já devia
ter sido sucedido face à irresponsabilidade financeira no ano de 2017. Portanto
os munícipes que se danem, se ela fora a São generosa de outros tempos será
corrida e ficará em maus lençóis.
Por isso é preciso iludir os cidadãos e nem os estudantes se
escapam, depois da foto entregando tablets aos alunos sabe-se agora que quem
quiser ficar com eles terá de os pagar. E no que respeita às conclusões da tal
equipa de trabalho que ia estudar o impacto económico e social da pandemia
ficamos à espera.
137 EUROS
O coronavirus mostrou como a nossa autarquia estava a ser
vítima de outros ataques virais e soçobrava perante uma doença cujos sintomas
são a incompetência, a falta de transparência, o despotismo, a ameaça e a ruína.
A primeira vaga durou doze anos e a doença chamou-se Gomes, as segunda vaga
veio em 2017 e o próprio gome s disse que agora a doença era São.
Enquanto outras autarquia acorriam aos munícipes mais
atingidos pela pandemia a nossa autarca ia fazendo surf com o estatuto de líder
da proteção civil e montou dois acampamentos num pequeno concelho, sem médicos
e sem que existissem indicadores apontando para a necessidade desses ZAP. Mas a
autarca precisava de se precaver contra alguma desgraça, era preciso que não
reparassem na desatualização extrema do Plano de Emergência Municipal.
Perante as sucessivas notícias vindas de outros concelhos, a
autarca decidiu dar ares de que também dava muito, inventou um grande plano de
apoios sociais e sugeriu que tinha decidido dar o que há muito o governo tinha
decidido dar, refeições aos alunos carenciados. Entretanto, não deu mais nada,
adiou o pagamento de algumas taxas e rendas para setembro, mas não deu nada. Bem,
deu um caixotinho de máscaras ao comandante de bombeiros, mas um dia deste
saberemos se a fotografia não terá sido a primeira foto de campanha das
autárquicas de 2018.
Finalmente a CM anunciou alguma coisa, muito depois de as aulas
online terem começado e quando todas as autarquias já tinha apoiado os alunos
carenciados com meios para acederem ás aulas, a nossa autarca fez saber em
notícia no site da CM que também decidiu dar tablets. O mais curioso é que só entregou
os tablets aos alunos do 11.º e 12.º ano, os únicos que tinham aulas
presenciais e quando estas já tinham começado!
A jogada era inteligente, estes anos são os que contam com
menos alunos e estes mesmos alunos são os mais velhos, os que já têm opiniões
políticas e por isso importa influenciar. Mas sabe-se agora de um pequeno
pormenor escondido nas notícias, a entrega dos tablets era apenas um empréstimo,
dizem-nos que quem quiser ficar com eles terá de pagar 137€. Enfim, mais
ridículo é difícil.
O ARGUMENTO DA COMPETÊNCIA

Alguns candidatos esforçam-se tanto por passar a imagem da
competência que até apetece recordar uma frase famosa de um velho filme
português e dizer que “ele até sabe o que é o mastoideu”. A verdade é que não
há uma competência específica para o exercício de presidente de uma CM. Sabemos
como avaliar a competência de um candidato a um lugar de engenheiro, de
economista e até mesmo de padre ou de hortifruticultor, mas para autarca não há
como definir ou adquirir competências específicas.
Luís Gomes tinha competências universitárias que poderiam
enriquecer as capacidades de um autarca, mas o resultado foi desastroso. As suas
competências serviram apenas para encomendar bonecos arquitetónicos a peso de
ouro e as aptidões políticas foram úteis apenas para comprar militantes da
oposição e negociar os votos dos mais pobres, tendo como vendedora desta banca
miserável uma vereadora para os assuntos sociais que esteve ao seu lado mais de
uma década.
Anda por aí um candidato que quando pretendeu lançar a sua
candidatura temporã, arranjou uns amigos de Faro e Tavira para falarem por ele,
numa encenação realizada no Hotel Apolo. O homem fez-se fotografar tirando
notas, talvez porque p+ara ele o estereotipo da competência é o de alguém que
tira muitas anotações para mais tarde conseguir absorver mais tardes os
conhecimentos que lhe transmitiram. Mas quem lê o discurso de fez percebe um
imenso vazio naquela cabeça.
Se considerarmos a competência da nossa estimada Sanita, autarca
de quem o Luís disse que “Agora é São”
até sentimos vontade de rir. Basta olhar para o seu jardim de Monte Gordo e
para outros processos para percebermos que competência é um dom da senhora. Na
família são mais dados a outras qualidades e basta ir ao Facebook do medronho
para se perceber como essa gente sabe fazer política.
Uma autarquia mesmo de um pequeno concelho tem muita gente a
trabalhar e quando estão em causa competências técnicas é dos seus quadros que
esperamos essas mesmas competências técnicas. DOS autarcas esperamos qualidades
humanas e competências políticas, como isenção, transparência, honestidade,
lealdade, tudo qualidades que não abundam nos candidatos dos dois grandes
partidos, porque para que um partido proponha candidatos com qualidade não
podem funcionar como estão funcionando o PS e o PSD de VRSA.
AINDA QUE MAL PERGUNTE…
É sabido como por esse país fora o mundo das autarquias, que
alguns insistem em dizer que são escolas de democracia, muitos autarcas gerem os
municípios como se fossem mercearias da sua propriedade, usando e abusando de
dinheiros públicos e gerindo os recursos humanos de forma pouco digna. Mas em
VRSA parece que as coisas são um pouco diferentes.
Por aqui lembramo-nos dos tempos do estalinismo e se com a
morte de cada líder da ex-URSS seguia-se uma purga dos seus apoiantes, parece
que na CM de VRSA acontece mais ou menos o mesmo. Os que eram associados ao
Gomes têm vindo a ser alvo de uma purga, alguns até se reuniram num famoso
jantar de apoio político a Luís Gomes, um jantar abrilhantado pela presença
militante do candidato Álvaro Araújo.
O Faustino foi um dos homens fortes do regime e elo de
ligação deste ao Rui Setúbal, com quem partilhava muita coisa e até há quem
diga que até os nomes dos supostos autores do largo da Forca. Com Luís Gomes
chegou a ser artista de cinema, contracenando com o próprio Gomes no filme
dedicado ao ceguinho salvo pelo presidente da CM de VRSA.
Zangado com o António Murta num processo que teve que ver
com a sua decadência empresaria, deixou obra no PS, mais precisamente na sede
do PS, onde fez uma cobertura do soalho tão pesada que o edifício está me risco
de ruir. Foi um dos muitos locais que se bandearam para o lado da fartura do
Luís Gomes.
Mas parece que está caindo na hierarquia da São, ao ponto de
ter sido despachado primeiro para a Soliva e agora para o Parque de Campismo.
Ainda que mal pergunte, que mal terá feito o Faustino á nossa querida Sanita?
DEUS TE PAGUE Ó SÃO
Quem ouve a nossa Agora é São falar sobre a dívida da CM da
nossa desgraçada terra fica a pensar com os seus botanitos como teria sido bom
se a São tivesse sido eleita para a autarquia muito antes do ano de 2017, é uma
pena que a tão competente gestora e uma política tão rigorosa e apegada à
verdade nada tivesse que ver com os negócios da autarquia a não ser a partir
daquele ano.
Pois é, mas nem todos temos a sorte de nos podermos
encharcar em medronho ou turvar a vista com a fumarada de charutos cravados
através do Facebook, como estamos em bom estado e perfeitamente ébrios sabemos
que a nossa Sanita está na CM há quase uma década e meia, isto é está há década
e meia a gastar de forma irresponsável, como se não houvesse amanhã.
Quando confrontada com o projeto de relatório do FAM relativo
ao ano em que assumiu a presidência, depois de doze de vereadora e um de vice-presidente,
a Agora é São fugiu para a frente pedido a revisão do acordo assinado com o
FAM. Esta revisão tornou-se inevitável quando teve de encerrar a SGU à pressa, acabando
por ter de integrar nas contas do Município todo o lixo financeiro daquela
empresa municipal.
Recorde-se que a ajuda do FAM tinha duas componentes,
empréstimo a juros baixos, indexados aos
juros da dívida soberana, e garantias bancárias. Confrontado com o desastre
financeiro do Município, que ao contrários de quase todos os que foram
intervencionados continuou a ser gerido com incompetência, o FAM informou que
não havia mais dinheiro, apenas a hipótese de proporcionar mais garantias para
que a autarquia substituísse dívidas.
Pela forma manhosa como a Agora é São até parece que a
autarquia teve recursos financeiros para pagar as dívidas ou que graças à
gestão da Agora é São até poupa dinheiro, mentira. O que a São fez foi
substituir dívidas e com as garantias do FAM consegue juros mais baixos. A
autarquia está na mesma situação e pela terceira vez teve de receber ajuda do
FAM para não cair na insolvência pela terceira vez.
Mas as baboseiras da São são tantas que até inventa conceitos financeiros.
Desta vez diz que vai conseguir “manter o Município financeiramente organizado
nos próximos anos”. Só com muito medronho saberemos o que isto significa, mas
estando livres de vapores dos medronhos da Manta Rota teremos de dizer que é mais uma das mentiras criativas da ainda
autarca, a situação financeira da CM, o montante das dívidas, a asfixia financeira
persiste. É por isso que em pandemia o mais que a São conseguiu fazer foi
arranjar umas máscaras não certificadas para mascarar a realidade e as consequências
da sua incompetência.
A EQUIPA

Perguntava-nos alguém por mensagem sobre o que pensávamos da
equipa da candidatura independente, o que nos levou a questionarmos as
candidaturas dos partidos estabelecidos, a começar pela lista da São Cabrita e
a acabar no PCP. Que equipas têm, que competências exibe o núcleo duro dos
apoiantes, com que estruturas contam nas organizações locais dos partidos?
Se olharmos para a lista da São Cabrita o que encontramos? Alguém dava uma
mercearia a gerir à Carla Sabino ou ao Matacão? Sejamos honestos juntando os
vereadores da São Cabrita, aquilo muito bem misturadinho não dá um gestor
competente capaz de assumir a gestão de uma loja de atoalhados. E o que dizer
de um partido que nas eleições para o líder nacional não teve mais de 18 votos?
Na CDU temos um candidato razoável no plano dos valores
pessoais, mas a verdade é que quanto a equipas há muito que a CDU local tem
dificuldades em formá-las. Luiz Gomes lançou uma OPA bem sucedida ao PCP e
vimos famílias inteiras, daquelas que dariam a vida pela revolução trocarem os
seus valores por pratos de lentilhas, foi uma vergonha. O mercado de almas da
nossa terra leva a quem não falte quem esteja disposto a vender a alma a troco
de um emprego ou de um subsídio.
DO lado do PS a coisa ainda está pior, o candidato só sabe
tirar selfies e mesmo essas tem de alguém o levar a passear. A única vez que
falou, numa conferência abrilhantada pelo Vasques não conseguiu mais do que
umas baboseiras. De resto, a Célia faz lembrar a Sabino, o Mob é a versão Rui
Setúbal da Matacão.
A questão das equipas é uma falsa questão, qualquer
candidatura independente terá de contar com um apoio tão grande em termos de
apoios que terá sempre mais recursos dos que os partidos que em VRSA não passam
de mortos vivos, nalguns casos geridos por oportunistas que nada têm que ver
com os seus valores.
A CM precisa de duas grandes equipas, a primeira é a equipa
com que todas as autarquia contam, os Seus recursos humanos, gente habilitada
em todos os domínios, desde o direito à engenharia e no caso da nossa até tem
um eclesiástico e um engenheiro horto fruticultor. A segunda grande equipa que
uma candidatura deve ter são valores como a competência, a honestidade, a
isenção e o estar ao serviço do Município e dos cidadãos e neste capítulo
parece que os partidos do poder terão muitas dificuldades em formar equipa.
PRIMEIRO AS DÍVIDAS, AGORA AS VENDAS
Primeiro a São e o Luís endividaram o concelho muito para lá
dos limites, conforme resulta do desrespeito primeiro do PEL e depois do FAM.
Gastaram, endividaram, reavaliaram ativos para aumentar artificialmente o
património e endividaram-se ainda mais, usaram todos os esquemas possíveis e
imaginários para poderem continuar a endividar-se e assim financiar os exageros
da propaganda.
O endividamento permitiu a um pequeno concelho gastar como
se fosse um paroio que acabou de ganhar o Euromilhões, eram festas por todo o
lado, perdões das contas da água e das rendas, criou-se a ilusão de autarcas generosos.
Como se isto ainda não bastasse o IEFP do Álvaro Araújo fornecia a mão de obra
barata à CM através dos apoios estatais com a intermediação da Mão Amiga.
Mão Amiga, IEFP e dívida municipal formaram a poderosa
máquina dos milagres do Luís e da São, até que gripou, ficaram apenas os apoios
do IEFP que duraram, duraram, duraram, mas até estas pilhas eternas ficaram
gastas com a Mão Amiga a atrasar-se nos pagamentos, aparentemente perante o beneplácito
do chefe da repartição local do IEFP, homem que no passado tinha pertencido à
organização.
O modelo assente em dívidas falhou e o “agora é São” acabou
por se traduzir numa mudança, agora vende-se o que se pode, sem que os munícipes
fiquem a saber o que se vendeu e a quem se vendeu, tudo “pela calada da noite”.
Primeiro vendeu-se o Hotel Guadiana a compradores desconhecidos, já que quem assina
é um banco. Agora consta que foram os terrenos em frente ao Vasco da Gama, desta
vez consta que os feliz comprador foi a ESSE. Mas como nesta CM nada se sabe é
apenas um “consta”.
A situação da CM é
deficitária, as coisas estão a correr mal, o governante com a tutela do FAM
mudou e as coisas podem correr mal, já que depois do perdão ilegal à
irresponsabilidade da São em 2017, dificilmente haveria um segundo perdão. As receitas
estão em queda, o buraco da SGU veio parar à CM e ou se vende património ou
corre o risco de enfrentar o FAM. Há que vender a qualquer custo e os amigos “chegam-se
à frente”.
Quando o concelho se livrar desta gente a dívida é a mesma e
nem haverá património, será uma desgraça.
EMPRESÁRIOS E CANDIDATOS AUTÁRQUICOS
É bom que os empresários, como qualquer cidadão se envolvam
na política na qualidade de cidadãos. Também não fica mal que entre os seus
apoiantes apresente os empresários. O que não parece nada bem é que esses
empresários tenham sido firmes apoiantes
e admiradores de Luís Gomes e agora que julgam que os tempos mudam já se
bandearam. Pior ainda é quando alguns destes empresários ganharam com a gestão
do luís Gomes ou quando exercem atividades que podem ter muito a ganhar com os
apoios da autarquia.
Este é o envolvimento dos empresários que cheira mal e que
remete para um dos grandes problemas da democracia portuguesa, o financiamento
dos partidos e, em especial, durante as campanhas eleitorais. Nunca antes do
envolvimento na vida politica autárquica tinha ouvido falar de forma tão
descarada de financiadores, dinheiro e empresários. Pior ainda, deu para se
perceber que quem financia dá ordens.
Já todos ouvimos falar dos envelopes, mas a questão é saber
de onde vem esse dinheiro, que financiadores estão interessados em que um dos
candidates ganhe a qualquer custo. Mas não são apenas envelopes, no caso da
<São Cabrita contou com um apoio de um especialista que depois disse que tinha
trabalhado pró Bono.
Do lado do Araújo foi com surpresa que o vimos apresentar-se
numa sala de um hotel, contando mesmo com a
presença militante do empresário. Sucede que esse mesmo empresário há
alguns meses atrás deixou de emprestar salas ao Rui Setúbal para reuniões
partidárias. Não só deixou de emprestar, como deu a entender a razão. O que o
levou a mudar de ideias?
Acontece que emprestar salas é uma forma de financiamento indireto
proibido pela lei e o referido empresário assumiu publicamente uma situação
ilegal. Será que o candidato Araújo pagou a sala ou já fizeram as pazes a
partir de agora o empresário deixará de ter razões de queixa?
É bom que os vila-realenses desconfiem de candidaturas ricas
apoiadas por empresários com fortes interesses nas decisões da CM, não só
destroem a democracia como condicionam a autarquia. É bom recordar que alguns
dos empresários que agora aparecem a apoiar o candidato do rui Setúbal são os
mesmos que ajudaram a arruinar o concelho com o apoio que deram ao Luís Gomes
enquanto este lhes interessou.
UM PROBLEMA NO COTOVELO
Numa carta ao Diretor do Público o agora secretário de
estado das Pescas e senhor Covid-19 do Algarve, disse que o problema do Senhor
Setúbal era aquilo a que o povo designa vulgarmente por “dor de corno”, isso
porque tinha perdido as eleições para a São Cabrita, deixando no ar que o
problema era de incompetência da
oposição.
Entretanto, o tal Apolinário revela continuar a ter uma
grande paixão pela São Cabrita, merecendo mesmo o estatuto de visitante
frequente da autarca. Desta vez veio tirar umas fotos com a São só por causa de dois ou três cartazes. Isto
é, veio cá só para aparecer ao lado da São na foto.
Será que desta vez visitou o Setúbal ou deixou o seu companheiro
de partido a lamber o cotovelo, continuando a fazer tudo para ajudar a São a
renovar o mandato? Enfim, o Setúbal arranjou um candidato que se fazia passear
ao lado do Luís Gomes e agora temos a São a fazer passear-se com o Apolinário,
como diz o povo cá se fazem, cá se pagam…
Enquanto o Setúbal manda fazer uns comunicados a São não
para de lhe dar rasteiras, primeiro deixou a Célia a rezar sozinha com uma
missa na Praça Marquês de Pombal, agora faz-se passear com o Apolinário,
enquanto o pobre do Araújo anda a pedir a pedir amizades no Facebook.
Começa a perceber-se que a incompetência de alguma oposição
tem sido a maior ajuda às vitórias eleitorais da São e do Luís, se a luta
eleitoral fosse apenas entre o Araújo e a São lá teríamos de aturar a Sanita
durante mais quatro anos.
QUEM TEM MEDO DE UMA CANDIDATURA INDEPENDENTE?

Nunca o grupo da São e do Luís teve tão pouca força, estando
reduzido a alguns funcionários, ao senhor das farturas, a uns quantos
comerciantes ambulantes e mais alguns subsidiodependentes. D oposição ou o que
faz de conta que o é nos órgãos da autarquia apenas se aproveita o candidato do
PCP e vereador Álvaro Leal, um militante
ativo e presente em todos os órgãos autárquicos do concelho.
Quanto ao PS local está reduzido aos dias em que o Setúbal
não tem um calendário fiscal apertado ou
não tiver de ir a Lisboa tratar dos seus próprios problemas fiscais. Uma liderança do PS local que mais parece um teatro de charabanecos,
com o Setúbal a brincar às oposições com os seus bonequinhos na comissão
política concelhia, traduz-se numa oposição incompetente, flácida e
intermitente.
Ao fim de tantos anos o Setúbal teve uma brilhante ideia,
apresentar a votos alguém que tanto poderia ser independente numa candidatura
lançada pelo próprio Setúbal se o António Murta tivesse avançado, como
candidato a vice-presidente do próprio Luís Gomes, que lhe deve mais nestes
anos de oposição do que a própria oposição. Aliás, o candidato do rui Setúbal
foi ao longo dos anos um importante apoio da CM, à qual forneceu muita mão de
obra que a São e o Luís facilmente converteram em votos.
Uma mudança em VRSA exclui a o candidato do Rui Setúbal,
agora apoiada pelos mesmos empresários que levaram o Luís Gomes ao colo, e a
São Cabrita, já que durante muitos anos foi mais fácil ver o candidato do Rui
Setúbal mais vezes ao lado de Luís Gomes do que da oposição. No plano
partidário resta a CDU e o BE, já que o Livre da Terra cabe na mesa dos
jantares do rui Setúbal e ainda sobram lugares.
É neste quadro que uma candidatura independente que traduza
uma vontade de mudança faz todo o sentido, já que o quadro partidário, a não
ser na área do CDU e do BE, é incapaz de gerar alternativas isentas,
competentes e sem ligações ao passado. Percebe-se o terror com que os grupos do
Setúbal e da São encaram qualquer candidatura
independente, não sendo de estranhar as manobras tanto de um lado como do outro
para asfixiar qualquer alternativa que não seja o Araújo ou a São (se o Luís
não conseguir correr com ela).
OS DONOS DO ESTADO
Quando surgiu a ideia de uma candidatura independente a
reação ali para os lados do Rui Setúbal e do seu pessoal foi de mobilização
geral contra tal projeto político, tendo valido de tudo um pouco. Até se
juntaram num cantinho do Facebook para destilarem ódio e dedicarem-se à bufaria.
Uma das reações mais espontâneas foi a de um tal Nuno Baptista,
conhecido de todos por Nuno Mob e putativo candidato a vice-presidente da CM,
ainda que seja muito provável que na hora da verdade o Rui Setúbal escolha
outro, já que o pobre do Mob não passa de um fiel escudeiro do mentor do
candidato Araújo e verdadeiro candidato a DDT da CM.
O militante do PS lamuria-se que “o lugar que um “independente”
ocupa é um militante desvalorizado. É um militante que depois de anos a fio de
dedicação e verdadeira militância é literalmente ultrapassado.” E muito
provavelmente sem reparar dá a imagem mais miserável que pode dar daquilo que é
a militância partidária. Deixa de ser a dedicação a um ideal para ser um currículo
a ter em consideração na hora de ficar
com cargos públicos.
Não importa a prestação social de cada cidadão, o que conta
na hora de se ser vereador, presidente de uma CM ou de uma junta de freguesia
são os cartazes do partido que se colaram, as jogadas partidárias internas e
acima de tudo ter boas cunhas lá em cima ou ser um bom bajulador cá em baixo.
Ser independente é ultrapassar o militante partidário pela direita.
Não importa que o independente tenha de ser proposto por mais
de 500 eleitores de um concelho para ser independente, isso não conta, o que
conta é a carreira no partido, as jogadas a pensar na ambição e até a adesão à
Maçonaria depois de se ter andado a dizer cobras e lagartos doas maçons. Quantas
pessoas doo concelho de VRSA assinariam uma candidatura do Mob, do Setúbal, da
Célia Paz ou do Araújo.
Quantas assinaturas do PS foram necessárias para que esta
gente se sinta no direito de ascender ao estatuto de DDT de VRSA. Recorde-se que
nas últimas direitas do PS em VRSA votaram 18 militantes, quantos militantes
votaram na escolha de Álvaro Araújo, quantos o propuseram e quantos foram
informados da posição que o Mob vai ter ou quantos sabem que o cargo pretendido
pelo Setúbal é o de chefe de gabinete?
Temos de agradecer a sinceridade ao MOB pelo seu contributo
involuntário para melhor entendermos a miséria humana que grassa nos partidos.
E a propósito de miséria humano voltaremos
a este senhor, o fiel escudeiro do Setúbal a quem este em privado nem sempre
trata com a gratidão que lhe merece.
QUEM “IGNOROU” O PDM DE VRSA?
No tempo do eng. Soromenho ficaram famosos uns desenhos de arquitetura
onde a zona litoral sul de VRSA era apresentada com desenhos futuristas que
lembravam uma espécie de Dubai à beira do Guadiana. Na ocasião os bonecos foram
apresentados numa feira de imobiliário e até mereceram o elogio de José
Sócrates, que na época era primeiro-ministro.
Durante anos a ex-ministra Ana Paula Vitorino, que tinha
sido secretária de Estado com Sócrates, foi uma espécie de fada madrinha, sendo
vista muitas vezes em VRSA na companhia do seu fiel escudeiro José Apolinário.
Recorde-se que Apolinário foi promovido a presidente da DOCAPESCA, dona dos
terrenos da marginal, por Passos Coelho, que, como é sabido, era um veraneante
em terras do eng. Soromenho.
Nesse tempo VRSA iria ser uma Dubai numa terra onde
existiria um grande cluster virado para o mar. No fim, a ex-ministra veio cá
fazer uma visita técnica às obras do farolim, mais uma vez acompanhada do seu fiel escudeiro, e
quanto ao cluster do mar ficámos pelo que já existia. Já com a São e o fiel
escudeiro com outro ministro, mas com a tutela da DOCAPESCA, fomos surpreendidos
por uma versão rasca do Dubai, um pequeno empreendimento turístico que nem
respeita o PDM.
Faz sentido alterar radicalmente o que sucede na margem do
Guadiana e isso deveria ser objeto de uma alteração do PDM, a marginal do rio a
sul da estrada da mata deveria ser uma zona privilegiada de expansão da cidade
e eventual aproveitamento turístico. Para isso deveria ser infraestruturado e a
haver venda de terrenos ou o seu aluguer para empreendimentos turísticos tal
deveria ser feito de forma transparente e através de concursos públicos
devidamente publicitados.
O que não se entende é como é que numa zona que o PDM define
como zona industrial surja um empreendimento turístico com zona de lazer e de
dormidas. Há quem diga que os bungalows ali construídos são reservados a
clientes do estaleiros, mas nem isso resulta de qualquer contrato , nem lembra ao
diabo que fábricas e estaleiros desatem a construir hotéis reservados a
clientes em zonas industriais.
Quem autorizou um empreendimento turístico com piscina, bar,
esplanada e serviço de dormidas onde era suposto existirem instalações industriais,
a acreditar no PDM em Vigor.

Esgotados os falsos apoios sociais e ainda sem sabermos
quais as conclusões da equipa de trabalho que a São designou para estudar o
impacto da pandemia na economia do concelho, a propaganda da CM virou-se para a
segurança nas praias. O mesmo é dizer que lá fez mais uma cartaz para colocar
no Facebook.
Mas o mais divertido é que a grande preocupação de segurança
prende-se com o passadiço e com o estacionamento. Quanto ao passadiço a
autarquia sugere um conjunto de normas de segurança. Incluindo a utilização de
máscara, distância de segurança e pistas de circulação e a utilização de
calçado, só faltando a indicação de limites de velocidade. Está-se mesmo a ver
que as pessoas vão cumprir, só não se entendendo a preocupação com o passadiço,
nada se dizendo sobre a circulação à noite no calçadão de Monte Gordo.
Mas o mais curioso é a preocupação e carinho da CM com o
negócio da ESSE, chegando essa ternura empresarial ao ponto de no cartaz
dedicado ao passadiço se sugerir que se estacione apenas nas zonas ordenadas.
Como no passadiço não se circula de automóvel, chegamos à conclusão de que se
referem aos parques da ESSE. Será que a empresa vai desinfetar os parques e daí
a sugestão?
Pela forma como se refere passadiço no singular percebe-se
que apenas a praia de Monte Gordo é uma preocupação da São, para ela a freguesia
de Cacela não parece existir e quanto a praia tudo começa no extremo poente de
Monte Gordo. Por outro lado, quanto a segurança a única preocupação é o passadiço
e o negócio da ESSE.
COMPETENTE, DIZEM ELES

Há por aí quem nos queira impingir como candidato a autarca
alguém de quem dizem ter muitos amigos em Faro (no PS de Faro) e que
supostamente é muito competente. Quantos aos amigos já os vimos, não sabemos se
são muito importantes, mas que vimos o tal candidato falar pouco e tirar muitos
apontamentos, lá isso vimos. Quanto à competência lemos o discurso que a
personagem leu na ocasião e se aquilo é de alguém competente, vamos ali e já
voltamos.
Mas deixemos a competência da personagem, porque nem os
amigos dele vão pagar a dívida do concelho nem a sua suposta competência é
assim tão importante, face a outros valores. Luís Gomez nem é burro nem é
incompetente, não foi por incompetência que o amigo do Araújo atirou o
Município para a insolvência, porque para levar o Estado à certa, primeiro com
o PAEL e depois com o FAM, é preciso muito mais do que incompetência.
Quanto à agora é São a competência ou incompetência é
irrelevante, tanto quanto sabemos pouco pode fazer para além do que o FAM manda
e para ter a certeza de que não se engana, até foi contratar um contabilista a
Borba. Além do contabilista de Borba ainda paga fortunas ao Morais Sarmento,
pelo que está rodeada de gente bem esperta. Aliás, ainda conta com o Tiaguinho,
com eclesiástico, com o Vicente e com o Faustino, para referir apenas alguns
dos seus assessores. Aliás, a São tem um gabinete de apoio com mais assessores
do que os gabinetes dos ministros do Governo.
Não é por incompetência que ela paga fortunas a assessores
sem grande habilitações, é por falta de isenção, se fosse uma autarca isenta
contratava os assessores estritamente necessários e abria um concurso. Não é
por incompetência que enterrou alicerces na marginal de monte Gordo e em cima
colocou umas colinas para disfarçar, é por má gestão intencional. Não é por
incompetência que a São usou a pandemia em proveito político próprio, mas sim
por oportunismo político.
Antes de passarem pelo crivo da competência os candidatos à
autarquia devem fazer provas de isenção, de independência em relação a
empresários com interesses na autarquia, de respeito pela legalidade em matéria
de compras e contratações, pela não utilização de financiamentos ilegais e
outros defeitos. Em relação aos que passarem por este crivo poderemos então
discutir a competência.
A OUTRA CANDIDATURA INDEPENDENTE

Se alguém pensa que a primeira candidatura independente que
esteve na forja foi a do Marcelo Jerónimo que se desengane, a primeira pessoa a
admitir a hipótese de lançar uma candidatura independente foi um tal Rui
Setúbal, o verdadeiro líder do PS e candidato a DDT de VRSA.
A ideia não nasceu do LdF e só mais tarde tivemos
conhecimento dos pormenores deste projeto, no LdF nasceu a ideia de uma
candidatura ampla apoiada nas estruturas partidárias da oposição, apoiando-se
em cidadãos de todos os quadrantes políticos. A ideia nasceu, mas quem a conduziu tinha outras intenções, pelo que o projeto nada teve que ver com o LdF.
A ideia era um grupo amplo, mas esse projeto morreu cedo, alguém
veio informar que o empresário financiador defendia uma grupo pequeno e a
partir daí o LdF nada mais teve que ver com a ideia. Ficou óbvio que o que o
Sr. Rui Setúbal queria não eram uma frente ampla, até porque os lugares não são
muitos e entre o Araújo, a Célia e o Mob os tachos ficariam todos ocupados,
contando que o de chefe de gabinete seria para o mentor do projeto.
O curioso é que aquele que parece defender medidas duras
para com os militantes do PS que não apoiam um candidato que em tempos mais
parecia um apoiante do Luís Gomes, chegou a dizer aos membros do tal grupo que
estava em divergência com o PS e que admitia apoiar uma candidatura
independente. Para isso fez uns convites ao estilo de quem arma ao pássaro e
tem um cholim na murta e um macho de cholim, de pintassilgo, de garrafanito, de
pacharé e de verdum, fazendo de chamariz.
Convidou várias próximas do PCP, por motivos de militância
ou de saúde ninguém aceitou. Os livres da família e amigos serviam de chamariz
para os eleitores do BE e os independentes vindos do PSD ajudariam a roubar
votos da São Cabrita. O grupo parece que ficou com o nome de grupo de reflexão (hoje
convertido em grupo de jantarecos) e era liderado pelo Sr. Rui Setúbal apoiado
no tal empresário.
Só que as coisas correram muito bem ao Sr. Rui Setúbal, numa
jogada de antecipação conseguiu que o PS designasse um candidato autárquico
mais de dois anos antes das autárquicas, provavelmente com o argumento de que a
São poderia cair a qualquer momento. Com esta jogada de antecipação a hipótese
do regresso do António Murta foi a afastada e a candidatura independente morreu.
Quando alguns artistas locais falam em unidade da oposição
ou quando ameaçam os seus camaradas de processos de expulsão do partido por não
apoiarem a escolha do velho amigo do Luís Gomez, é bom que se lembrem da tal
candidatura independente que se justificava porque o Sr. Rui Setúbal estava
descontente, para não referir os artigos nos jornais que muito provavelmente
levaram à saída da Ana Paula Vitorino do governo.
De qualquer das formas é uma pena que a candidatura
independente do Sr. Rui Setúbal tenha abortado, ia ser divertido ver o Araújo andar
a pedir 500 assinaturas, o que dá mais trabalho e menos resultados do que andar
a mandar pedidos de amizade no Facebook a quem gosta dele e a quem não o pode
ver na frente.
E AGORA? É SANITA OU É LUÍS?

Voz amiga conta-nos que na passada terça-feira reuniram a
concelhia e a distrital do PSD para começarem a debater as autárquicas, isto
apesar de o meedronheiro da Manta Rota já ter anunciado o início da campanha
e de termos visto a São desdobrar-se em ações de promoção pessoal
aproveitando-se da pandemia, num sinal claro que o vírus da incompetência convive
bem com o vírus da covid-19.
A Sanita conta com os serventuários privilegiados do regime,
sejam os empregados das empresas parasitas apoiadas pela Sanita e dentro do PSD
poderá ter o apoio político de Morais Sarmento, vice-presidente do partido e um
grande beneficiado pelos dinheiros da CM. Mas Morais Sarmento sabe muito, já
que está a par de todos os processos judiciais em que a autarquia e os seus
responsáveis poderão estar envolvidos. Além disso quem o trouxer para VRSA foi
o Luís Gomez.
Luís Gomez não só preside à concelhia como preside à
assembleia geral da distrital do PSD, onde tem fortes apoios. É uma luta de
vida ou de morte pois estão em causa muitas mordomias e todos sabemos como a
família Cabrita está ligada aos rendimentos da autarquia como se fosse um
doente de pneumonia ligado a um
ventilador.
Mas não é só ao PSD que esta luta interessa, o nome do Luís
Gomes faz muita gente sentir algo quente a escorrer pelas pernas abaixo. Rui
Setúbal, o atual DDT do que resta do PS local e candidato a DDT do concelho,
para o que arranjou um candidato marioneta, boneco que, como é sabido, na terra
é conhecido por charabaneco. Rui Setúbal e outros tem um medo político de Luís Gomez
que se pelam, quase lhe atribuem poderes sobrenaturais.
A relação entre políticos como Rui Setúbal e Álvaro Araújo
são muitas e bem fortes, pelo que o regresso de Luís Gomez deverá deixá-los a
tremer de medo. O que fará um Álvaro Araújo que durante anos foi visto tantas
vezes a apoiar o Luís Gomez e cujo cargo nunca resistiria a um governo do PSD sem
o apoio do ex-autarca?
A verdade é que seria mais lógico vermos Álvaro Araújo como
candidato a vice de Luís Gomez e o Rui Setúbal como candidato pelo PS. É por
isso que se Luís Gomez regressar isto das autárquicas de VRSA vão ser o bom e o
bonito.
Álvaro Araújo continuará candidato do PS ou preferirá voltar
a apoiar Luís Gomez? Rui Setúbal terá coragem para saber quantos votos vale no
concelho ou continuará a esconder-se nas fotografias? A Sanita volta a dar
aulas de calhaus e o Mano a beber água do poço ou os Cabritas continuarão a
gerir a manjedoura municipal?
A verdade é que sempre que se fala de Luís Gomez sente-se um
estranho cheiro a xixi ali para os lados dos Cabritas e dos Araujinhos, ou,
como prefere escrever um artista local, sente-se que anda por aí muita gente
com o rabinho apertado.
3000
Quando há uns tempos atrás o agora mentor do candidato Álvaro
Araújo e verdadeiro candidato a DDT de VRSA, foi lamuriar-se junto de um amigo,
sugerindo que tinham um grande tacho camarário guardado para lhe oferecer,
sugerindo que a recusa do apoio ao seu charabaneco traia prejuízos pessoais. É
esta a lógica do sistema partidário e, em particular, do sistema bipartidário
de VRSA, como diz o povo anda tudo ao mesmo.
Tudo não, aqui no LdF não se vai ganhar um tostão na
autarquia, não se vão meter cunhas, não se vão pedir apoios financeiros a
empresários interessados em favores autárquicos. Nada nos cala, nem a difamação
dos que julgavam manipular-nos, nem as ameaças da São. Ao contrário de certos
opositores da treta, que com medo de processos judiciais a única coisa que dizem
à São ou ao Luís é bom dia, e fazem xixi nas calças não vá ela ficar zangada
com o cumprimento matinal e mover-lhes um processo.
Estaremos aqui até às eleições, não fugimos com medo do
Cabritão, com a queixa do Barros e muito menos com as manobras do mentor do Araújo.
Prometemos e cumprimos e no dia seguinte às eleições respeitaremos a vontade do
povo de VRSA. Nesse dia encerraremos e para trás ficam quatro anos de muito
trabalho pró Bono em favor da democracia, da isenção, da legalidade.
Depois de todas as perseguições por parte dos Cabritas sobre
todos os que partilham ou comentam no LdF, com chamadas telefónicas a todos os
que ousem fazê-lo e, mais recentemente, dos processos difamatórios por parte do
candidato a DDT o Largo da Forca sobrevive e num concelho com quinze mil
eleitores chegou aos 3000 seguidores.
Não são necessariamente apoiantes, são gente que concordando
ou discordando segue o que aqui se pensa alto, ninguém foi convidado a ser seguidor
e seriam mais se os provocadores fossem aceites. Isto significa que as
estratégias de silenciamento por parte dos que temem que as pessoas pensem não
deram resultado e em mais de uma década foi o primeiro espaço sem medo do Luís
Gomes, da São e agora dos novos candidatos a DDT.
Há quem tente criminalizar ou diabolizar o LdF, como se
fosse um espaço de marginais ou de bandidos. Até o mais idiota apoiante dos
Cabritas, um traste que até foi promovido a confrade, tenta tratar os supostos
autores do LdF como criminosos, mas VRSA não é só terra de envelopes e
bandeados, é muito mais uma terra de gente com coragem e com valores democráticos.
E por isso o LdF aqui está e vai continuar a estar.
Podem inventar cartas anónimas, podem mandar os lambe cus
escrever nos grupos do Facebook, podem difamar, o LdF está vivo e cada vez são
mais os que por aqui passam.
CRIAR EMPREGO

Muito graças ao discurso oportunista dos responsáveis autárquicos
criou-se a ideia de que a sociedade deve demonstrar gratidão a quem cria emprego,
podendo essa gratidão traduzir-se na falta de isenção na aplicação da lei, como
se criar emprego fosse um favor de tal grandeza que os criadores sejam
promovidos a cidadãos acima de todas as regras.
É bom recordar que nenhuma empresa é criada para criar
emprego, mas sim para gerar riqueza e lucro. Nos últimos anos o Estado tem
vindo a adotar politicas ativas de criação de emprego, subsidiando novos postos
de trabalho das mais diversas formas. Com a pandemia o Estado foi ainda mais
longe e cofinanciou a manutenção do emprego através do layoff, sendo certo e
sabido que daqui a um par de semanas alguns se vão gabar de o terem feito.
Graças precisamente ao Estado em VRSA temos assistido a dois
grandes esquemas de falsa criação de emprego, de que o Luís e a São não só
tiraram grandes proveitos eleitorais, como lhes permitiu dar bons rendimentos a
familiares e amigos à custa do dinheiro dos vila-realenses que pagam impostos,
sendo ridículo ver um concelho a pagar bem a alguns com o dinheiro cobrado em impostos e
taxas a uma maioria que ganha mal.
O outro esquema montado nos últimos anos e que deram muitos
votos à São beneficiou da colaboração de Álvaro Araújo, o chefe local da
repartição de emprego, homem que como é sabido sempre foi muito próximo de Luís
Gomes e até há pouco tempo era mais fácil de ser visto nos jantares de apoio político
ao ex-autarca do que em ações da oposição.
Através da Mão Amiga a repartição de emprego colocava mão-de-obra
barata e livre de despesas ao serviço da autarquia, um esquema que permitia à
São contratar amigos para não fazerem nada, porque para trabalhar o Álvaro
mandava-lhe trabalhadores pagos pelo Estado. Este esquema permitiu à São uma
base de apoio entre os pobres e o poder da Mão Amiga junto do IEFP parecia ser
tão grande que recentemente nada era feito apesar do atraso dos pagamentos por
parte desta ONG.
Há poucos dias o LdF questionou um empreendimento turísticos
e logo alguém se lembrou de invocar a criação de emprego, como se criar emprego
fosse um valor acima da legalidade, como se um empresário que cria emprego devesse
ter tolerância na aplicação da lei. As pressões vieram de quase todos os
quadrantes políticos. Ficou de fora a CDU que nestas coisas prima pela isenção
Devemos elogiar os empresários bem sucedidos e reconhecê-los
publicamente quando são competentes,
gera,m riqueza e são bons empregadores no sentido de que cumprem todas as
leis. Mas daí a que um dia destes aceitemos que alguém se lembre de transformar
a barquinha numa piscina privada de um qualquer hoteleiro local vai uma grande
distância. Em resposta aos recados que recebemos aqui vai um para quem os
mandou, o LdF defende a competência autárquica, a isenção do Estado e a igualdade
de todos os cidadãos perante a lei, ricos ou pobres, trabalhadores ou
empresários. As pressões aqui não funcionam.
MEMÓRIAS DO LARGO DA FORCA (3)

A MÁQUINA DA CONTRAINFORMAÇÃO
Se ao Luís Gomes não faltam defeitos e responsabilidades,
para o homem que mexe os cordelinhos do candidato Álvaro Araújo o ex-autarca é
o diabo em pessoa, algo muito estranho pois as pontes entre os dois grandes
manobradores locais são mais que muitas, como teremos oportunidade de ver em
próximos episódios. Aliás, como o mentor do candidato Araújo imita os métodos
que atribui ao Luís Gomes, as suas semelhanças são muitas.
O mesmo que tentou estimular o ódio do LdF contra uma eventual
candidatura do António Murta, a fim de abrir caminho a uma candidatura do seu
charabaneco, chegando ao ponto de inventar um almoço secreto entre os dois
ex-autarcas, acrescentando tantos pormenores que só não disse qual foi o prato,
tentava encobrir as relações do seu candidato com o Luís Gomes.
Quando confrontado com a presença de Álvaro Araújo o jantar
de apoio político as Luís Gomes, o homem do charabaneco ainda não assumia claramente
que aquele era o seu candidato, pelo que lamentou o ocorrido. Mais tarde,
quando assumiu o apoio claro a Araújo garantiu começou o processo de branqueamento
das relações de apoio do Araújo ao Luís Gomes e mais tarde à São Cabrita.
Um apoio que o levou a passear-se ao lado de Luís Gomes
enquanto o PS fazia uma arruada em Monte Gordo, que o terá levado a estar
ausente da campanha do PS de 2017 e que culminou, em 2018, com a presença militante
no jantar de apoio político dos funcionários camarários a Luís Gomes, presidido
por Carlos Barros.
A desculpa era que o chefe da repartição do emprego não se
podia esquivar por causa do seu cargo, que não podia dizer não a Luís Gomes e
isso justificava a ida à associação de pescadores em dia de arruada. Mais tarde
e depois de ter criticado a presença do seu charabaneco no jantar de apoio a
Luís Gomes, o mentor deste arranjou um argumento digno de alguém que compensa a
pouca inteligência com muita imaginação.
GESTÃO CRIMINOSA DOS RECURSOS HUMANOS

Não há quem cortes o mato que se multiplica nas ruas, mas a
autarquia tem um ex-padre e vários assessores para escreverem os guiões dos
vídeos de propaganda pessoal da São cabrita. Mas não são os discursos que preocupam
a autarca, são os votos e cada funcionário de confiança que ela mete nos
quadros do Estado é uma família agradecida, um conjugue, pais, sogros, primos,
amigos e vizinhos, esta é a lógica moralmente corrupta que preside à gestão de
numerosas autarquias.
Chegam à liderança das autarquias, onde ganham o que nunca
ganharam e onde recebem benesses e mordomias que nunca tiveram, por isso não
querem largar o cargo, custe o que custar, vale de tudo. Não importa se o
Município não tem um jardineiro, se o nosso apoiante é hortofruticultura
abre-se concurso, mesmo que venha apenas viver à custa dos contribuintes.
As consequências de anos desta gestão num município são
dramáticas, e no caso do nosso levou-o mesmo à falência, porque aqui não
bastaram os quadros da autarquia, ainda criaram uma empresa municipal onde
iletrados ganhavam como doutores, onde construtores civis ganharam ordenados
chorudos anos a fio, tendo por função profissional roçar o rabo pela cadeira e
apoiar politicamente os autarcas.
Agora não há um pintor na SOLIVA, faltam especialistas de todo
o tipo, os jardins estão abandonados por todo o lado. Mas não faz mal, isso não
preocupa quem tem por único objetivo manter o tacho. Não importa se a
terra se degrada, se está porca, se
mostra sinais de decadência por todo o lado, se as empresas não recebem apoio,
se são cobradas taxas de esplanadas a cafés fechados pela pandemia.
O que importa é que os da autarca, aqueles que estão
obrigados a votar nela, aqueles que lhe poderão salvar o tacho estão bem.
Ganham acima da média, estão há meses em casa a fazer de conta que fazem
teletrabalho, dantes recebiam ajudas de custo e horas extraordinárias em barda,
será assim durante mais de um ano, porque o seu grande momento profissional
ocorre apenas de quatro em quatro anos, no dia das eleições.
Esta gente destrói o Estado e o nosso Município é um dos
piores exemplos, mas o piro de tudo é que já anda por aí um senhor que convencido
de que o novo ciclo desta gestão é dele, anda há meses a fazer promessas de
lugares da CM, até consta que já convidou um motorista e assessores. Parece que
estamos condenados a este regabofe oportunista.
LEILÃO
Talvez porque apostem no voto fácil, alguns candidatos
autárquicos comportam-se como se as eleições fossem um leilão, uns oferecem
chapéus, outros escolhem esferográficas, uns exibem empresários da hotelaria
outros optam por comerciantes. A São não diz o que pensa nem explica porque motivo
não cumpre os compromissos, o Araújo exibe notáveis que o Setúbal vai buscar a
Tavira e Faro e fica calado a tirar notas.
Tudo não passa de uma pantominice para esconder um modelo de
gestão autárquica que apenas motiva porque as autarquias gastam muito dinheiro
e atribuem muitas licenças. Por isso, mais do que soluções de problemas, exibem
grandes recursos, como se os recursos dados pelos empresários amigos ou pelas
máquina partidárias se traduzissem em competência.
Todavia, o que o concelho de VRSA mais precisa não «é
daquilo a que costumamos designar por mais do mesmo, pouco importando as
diferenças cromáticas entre o Luís e a São ou entre a São e o Araújo. A primeira
qualidade que esperamos dos candidatos autárquicos é a isenção, porque sem
isenção na gestão da coisa pública não há competência, rigor ou justiça.
As questões urbanísticas devem ser geridas com isenção, sem
comprometer a defesa do ambiente ou a qualidade de vida ao lucro fácil de
empresários que andam na babuja dos negócios de oportunidade oferecidos pelos
autarcas que “compraram”. Os apoios sociais devem ser geridos com isenção e não
em função dos votos, para que cheguem a quem precisa. Os poderes autárquicos
devem ser geridos com isenção para atrair empresas mais competitiva, porque essas
trazem mais progresso do que aquelas que crescem na base de valores.
Quando um candidato aproveita as suas intervenções públicas
para exibir apoios empresariais em vez de assegurar que vai ser isento e tratar
municípios e empresas com igualdade e isenção, algo está muito errado. É por
isso que estaremos atentos a exibições de dinheiro, aos sinais exteriores de financiamentos
ilegais, porque como sabemos, em VRSA nunca houve almoços grátis e se o
concelho está arruinado há quem à custa dessa ruína tenha enchido os bolsos, da
mesma forma que há outros que acham que +é a sua vez.
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