LEILÃO

Não há eleição limpa com a força do dinheiro – Justificando




Talvez porque apostem no voto fácil, alguns candidatos autárquicos comportam-se como se as eleições fossem um leilão, uns oferecem chapéus, outros escolhem esferográficas, uns exibem empresários da hotelaria outros optam por comerciantes. A São não diz o que pensa nem explica porque motivo não cumpre os compromissos, o Araújo exibe notáveis que o Setúbal vai buscar a Tavira e Faro e fica calado a tirar notas.

Tudo não passa de uma pantominice para esconder um modelo de gestão autárquica que apenas motiva porque as autarquias gastam muito dinheiro e atribuem muitas licenças. Por isso, mais do que soluções de problemas, exibem grandes recursos, como se os recursos dados pelos empresários amigos ou pelas máquina partidárias se traduzissem em competência.

Todavia, o que o concelho de VRSA mais precisa não «é daquilo a que costumamos designar por mais do mesmo, pouco importando as diferenças cromáticas entre o Luís e a São ou entre a São e o Araújo. A primeira qualidade que esperamos dos candidatos autárquicos é a isenção, porque sem isenção na gestão da coisa pública não há competência, rigor ou justiça.

As questões urbanísticas devem ser geridas com isenção, sem comprometer a defesa do ambiente ou a qualidade de vida ao lucro fácil de empresários que andam na babuja dos negócios de oportunidade oferecidos pelos autarcas que “compraram”. Os apoios sociais devem ser geridos com isenção e não em função dos votos, para que cheguem a quem precisa. Os poderes autárquicos devem ser geridos com isenção para atrair empresas mais competitiva, porque essas trazem mais progresso do que aquelas que crescem na base de valores.

Quando um candidato aproveita as suas intervenções públicas para exibir apoios empresariais em vez de assegurar que vai ser isento e tratar municípios e empresas com igualdade e isenção, algo está muito errado. É por isso que estaremos atentos a exibições de dinheiro, aos sinais exteriores de financiamentos ilegais, porque como sabemos, em VRSA nunca houve almoços grátis e se o concelho está arruinado há quem à custa dessa ruína tenha enchido os bolsos, da mesma forma que há outros que acham que +é a sua vez.