Há por aí quem nos queira impingir como candidato a autarca
alguém de quem dizem ter muitos amigos em Faro (no PS de Faro) e que
supostamente é muito competente. Quantos aos amigos já os vimos, não sabemos se
são muito importantes, mas que vimos o tal candidato falar pouco e tirar muitos
apontamentos, lá isso vimos. Quanto à competência lemos o discurso que a
personagem leu na ocasião e se aquilo é de alguém competente, vamos ali e já
voltamos.
Mas deixemos a competência da personagem, porque nem os
amigos dele vão pagar a dívida do concelho nem a sua suposta competência é
assim tão importante, face a outros valores. Luís Gomez nem é burro nem é
incompetente, não foi por incompetência que o amigo do Araújo atirou o
Município para a insolvência, porque para levar o Estado à certa, primeiro com
o PAEL e depois com o FAM, é preciso muito mais do que incompetência.
Quanto à agora é São a competência ou incompetência é
irrelevante, tanto quanto sabemos pouco pode fazer para além do que o FAM manda
e para ter a certeza de que não se engana, até foi contratar um contabilista a
Borba. Além do contabilista de Borba ainda paga fortunas ao Morais Sarmento,
pelo que está rodeada de gente bem esperta. Aliás, ainda conta com o Tiaguinho,
com eclesiástico, com o Vicente e com o Faustino, para referir apenas alguns
dos seus assessores. Aliás, a São tem um gabinete de apoio com mais assessores
do que os gabinetes dos ministros do Governo.
Não é por incompetência que ela paga fortunas a assessores
sem grande habilitações, é por falta de isenção, se fosse uma autarca isenta
contratava os assessores estritamente necessários e abria um concurso. Não é
por incompetência que enterrou alicerces na marginal de monte Gordo e em cima
colocou umas colinas para disfarçar, é por má gestão intencional. Não é por
incompetência que a São usou a pandemia em proveito político próprio, mas sim
por oportunismo político.
Antes de passarem pelo crivo da competência os candidatos à
autarquia devem fazer provas de isenção, de independência em relação a
empresários com interesses na autarquia, de respeito pela legalidade em matéria
de compras e contratações, pela não utilização de financiamentos ilegais e
outros defeitos. Em relação aos que passarem por este crivo poderemos então
discutir a competência.