QUEM TEM MEDO DE UMA CANDIDATURA INDEPENDENTE?

Álvaro Araújo é o candidato do PS à Câmara de VRSA




Nunca o grupo da São e do Luís teve tão pouca força, estando reduzido a alguns funcionários, ao senhor das farturas, a uns quantos comerciantes ambulantes e mais alguns subsidiodependentes. D oposição ou o que faz de conta que o é nos órgãos da autarquia apenas se aproveita o candidato do PCP e vereador Álvaro Leal, um  militante ativo e presente em todos os órgãos autárquicos do concelho.

Quanto ao PS local está reduzido aos dias em que o Setúbal não tem um calendário fiscal  apertado ou não tiver de ir a Lisboa tratar dos seus próprios problemas fiscais.  Uma liderança do PS local  que mais parece um teatro de charabanecos, com o Setúbal a brincar às oposições com os seus bonequinhos na comissão política concelhia, traduz-se numa oposição incompetente, flácida e intermitente.

Ao fim de tantos anos o Setúbal teve uma brilhante ideia, apresentar a votos alguém que tanto poderia ser independente numa candidatura lançada pelo próprio Setúbal se o António Murta tivesse avançado, como candidato a vice-presidente do próprio Luís Gomes, que lhe deve mais nestes anos de oposição do que a própria oposição. Aliás, o candidato do rui Setúbal foi ao longo dos anos um importante apoio da CM, à qual forneceu muita mão de obra que a São e o Luís facilmente converteram em votos.

Uma mudança em VRSA exclui a o candidato do Rui Setúbal, agora apoiada pelos mesmos empresários que levaram o Luís Gomes ao colo, e a São Cabrita, já que durante muitos anos foi mais fácil ver o candidato do Rui Setúbal mais vezes ao lado de Luís Gomes do que da oposição. No plano partidário resta a CDU e o BE, já que o Livre da Terra cabe na mesa dos jantares do rui Setúbal e ainda sobram lugares.

É neste quadro que uma candidatura independente que traduza uma vontade de mudança faz todo o sentido, já que o quadro partidário, a não ser na área do CDU e do BE, é incapaz de gerar alternativas isentas, competentes e sem ligações ao passado. Percebe-se o terror com que os grupos do Setúbal e da São  encaram qualquer candidatura independente, não sendo de estranhar as manobras tanto de um lado como do outro para asfixiar qualquer alternativa que não seja o Araújo ou a São (se o Luís não conseguir correr com ela).