PRIMEIRO AS DÍVIDAS, AGORA AS VENDAS





Primeiro a São e o Luís endividaram o concelho muito para lá dos limites, conforme resulta do desrespeito primeiro do PEL e depois do FAM. Gastaram, endividaram, reavaliaram ativos para aumentar artificialmente o património e endividaram-se ainda mais, usaram todos os esquemas possíveis e imaginários para poderem continuar a endividar-se e assim financiar os exageros da propaganda.

O endividamento permitiu a um pequeno concelho gastar como se fosse um paroio que acabou de ganhar o Euromilhões, eram festas por todo o lado, perdões das contas da água e das rendas, criou-se a ilusão de autarcas generosos. Como se isto ainda não bastasse o IEFP do Álvaro Araújo fornecia a mão de obra barata à CM através dos apoios estatais com a intermediação da Mão Amiga.

Mão Amiga, IEFP e dívida municipal formaram a poderosa máquina dos milagres do Luís e da São, até que gripou, ficaram apenas os apoios do IEFP que duraram, duraram, duraram, mas até estas pilhas eternas ficaram gastas com a Mão Amiga a atrasar-se nos pagamentos, aparentemente perante o beneplácito do chefe da repartição local do IEFP, homem que no passado tinha pertencido à organização.

O modelo assente em dívidas falhou e o “agora é São” acabou por se traduzir numa mudança, agora vende-se o que se pode, sem que os munícipes fiquem a saber o que se vendeu e a quem se vendeu, tudo “pela calada da noite”. Primeiro vendeu-se o Hotel Guadiana a compradores desconhecidos, já que quem assina é um banco. Agora consta que foram os terrenos em frente ao Vasco da Gama, desta vez consta que os feliz comprador foi a ESSE. Mas como nesta CM nada se sabe é apenas um “consta”.

A  situação da CM é deficitária, as coisas estão a correr mal, o governante com a tutela do FAM mudou e as coisas podem correr mal, já que depois do perdão ilegal à irresponsabilidade da São em 2017, dificilmente haveria um segundo perdão. As receitas estão em queda, o buraco da SGU veio parar à CM e ou se vende património ou corre o risco de enfrentar o FAM. Há que vender a qualquer custo e os amigos “chegam-se à frente”.

Quando o concelho se livrar desta gente a dívida é a mesma e nem haverá património, será uma desgraça.