Nem mesmo a grave situação criada pela pandemia de covid-19
levou a nossa autarca a mudar os seus métodos e a evidenciar uma gestão
orientada para o Município, em vez disso multiplicam-se os sinais de que tudo
serve para se promover, para iludir a realidade financeira e para transformar
um mandato autárquico numa campanha permanente.
Perante uma crise tão grave e apesar de ter deito tantos vídeos
no papel de líder da proteção civil, a verdade é que para a história ficam hospitais
de campanha de necessidade mal explicada e muitas fotos e vídeos de promoção da
imagem pessoal, a começar pela famosa imagem da oferta de umas caixinhas ao
comandante dos bombeiros.
Pouco ou nada se fez para promover o esclarecimento da
população e em particular de estratos sociais com menos cultura, nada se fez
para que nos mercados municipais se tivesse respeitado o distanciamento social
e quando se entregaram meia dúzia de máscaras montou-se uma operação em que não
se hesitou em ignorar uma das juntas de freguesia.
No que se refere a mitigar as consequências económicas e
sociais da pandemia a autarquia optou pela mentira e lança um grandioso plano
de medidas sociais, sem quaisquer medidas sociais a não ser as refeições para
alunos das escolas, implementada pelo governo muito antes de a autarca a ter
divulgado como sendo uma iniciativa dela.
A autarca sabe muito bem que a sua maior prioridade é
cumprir o que assinaram com o FAM, porque se não cumprir pode perder o mandato
e ser condenada a pagar uma pesada indemnização ao Estado o que, aliás, já devia
ter sido sucedido face à irresponsabilidade financeira no ano de 2017. Portanto
os munícipes que se danem, se ela fora a São generosa de outros tempos será
corrida e ficará em maus lençóis.
Por isso é preciso iludir os cidadãos e nem os estudantes se
escapam, depois da foto entregando tablets aos alunos sabe-se agora que quem
quiser ficar com eles terá de os pagar. E no que respeita às conclusões da tal
equipa de trabalho que ia estudar o impacto económico e social da pandemia
ficamos à espera.