OS DONOS DO ESTADO





Quando surgiu a ideia de uma candidatura independente a reação ali para os lados do Rui Setúbal e do seu pessoal foi de mobilização geral contra tal projeto político, tendo valido de tudo um pouco. Até se juntaram num cantinho do Facebook para destilarem ódio e dedicarem-se à bufaria.

Uma das reações mais espontâneas foi a de um tal Nuno Baptista, conhecido de todos por Nuno Mob e putativo candidato a vice-presidente da CM, ainda que seja muito provável que na hora da verdade o Rui Setúbal escolha outro, já que o pobre do Mob não passa de um fiel escudeiro do mentor do candidato Araújo e verdadeiro candidato a DDT da CM.

O militante do PS lamuria-se que “o lugar que um “independente” ocupa é um militante desvalorizado. É um militante que depois de anos a fio de dedicação e verdadeira militância é literalmente ultrapassado.” E muito provavelmente sem reparar dá a imagem mais miserável que pode dar daquilo que é a militância partidária. Deixa de ser a dedicação a um ideal para ser um currículo a  ter em consideração na hora de ficar com cargos públicos.

Não importa a prestação social de cada cidadão, o que conta na hora de se ser vereador, presidente de uma CM ou de uma junta de freguesia são os cartazes do partido que se colaram, as jogadas partidárias internas e acima de tudo ter boas cunhas lá em cima ou ser um bom bajulador cá em baixo. Ser independente é ultrapassar o militante partidário pela direita.

Não importa que o independente tenha de ser proposto por mais de 500 eleitores de um concelho para ser independente, isso não conta, o que conta é a carreira no partido, as jogadas a pensar na ambição e até a adesão à Maçonaria depois de se ter andado a dizer cobras e lagartos doas maçons. Quantas pessoas doo concelho de VRSA assinariam uma candidatura do Mob, do Setúbal, da Célia Paz ou do Araújo.

Quantas assinaturas do PS foram necessárias para que esta gente se sinta no direito de ascender ao estatuto de DDT de VRSA. Recorde-se que nas últimas direitas do PS em VRSA votaram 18 militantes, quantos militantes votaram na escolha de Álvaro Araújo, quantos o propuseram e quantos foram informados da posição que o Mob vai ter ou quantos sabem que o cargo pretendido pelo Setúbal é o de chefe de gabinete?

Temos de agradecer a sinceridade ao MOB pelo seu contributo involuntário para melhor entendermos a miséria humana que grassa nos partidos. E a propósito de  miséria humano voltaremos a este senhor, o fiel escudeiro do Setúbal a quem este em privado nem sempre trata com a gratidão que lhe merece.