A MÁQUINA DA CONTRAINFORMAÇÃO
Se ao Luís Gomes não faltam defeitos e responsabilidades,
para o homem que mexe os cordelinhos do candidato Álvaro Araújo o ex-autarca é
o diabo em pessoa, algo muito estranho pois as pontes entre os dois grandes
manobradores locais são mais que muitas, como teremos oportunidade de ver em
próximos episódios. Aliás, como o mentor do candidato Araújo imita os métodos
que atribui ao Luís Gomes, as suas semelhanças são muitas.
O mesmo que tentou estimular o ódio do LdF contra uma eventual
candidatura do António Murta, a fim de abrir caminho a uma candidatura do seu
charabaneco, chegando ao ponto de inventar um almoço secreto entre os dois
ex-autarcas, acrescentando tantos pormenores que só não disse qual foi o prato,
tentava encobrir as relações do seu candidato com o Luís Gomes.
Quando confrontado com a presença de Álvaro Araújo o jantar
de apoio político as Luís Gomes, o homem do charabaneco ainda não assumia claramente
que aquele era o seu candidato, pelo que lamentou o ocorrido. Mais tarde,
quando assumiu o apoio claro a Araújo garantiu começou o processo de branqueamento
das relações de apoio do Araújo ao Luís Gomes e mais tarde à São Cabrita.
Um apoio que o levou a passear-se ao lado de Luís Gomes
enquanto o PS fazia uma arruada em Monte Gordo, que o terá levado a estar
ausente da campanha do PS de 2017 e que culminou, em 2018, com a presença militante
no jantar de apoio político dos funcionários camarários a Luís Gomes, presidido
por Carlos Barros.
A desculpa era que o chefe da repartição do emprego não se
podia esquivar por causa do seu cargo, que não podia dizer não a Luís Gomes e
isso justificava a ida à associação de pescadores em dia de arruada. Mais tarde
e depois de ter criticado a presença do seu charabaneco no jantar de apoio a
Luís Gomes, o mentor deste arranjou um argumento digno de alguém que compensa a
pouca inteligência com muita imaginação.