|AINDA QUE MAL PERGUNTE....|



Depois de anos seguidos em que a São não conseguiu assegurar padrões mínimos de higiene pública, soube-se que, afinal, a CM tinha para com a ECOAMBIENTE uma dívida significativa. Isto é. Aparentemente o que a nossa autarca falida conseguia pagar não assegurava um padrão de qualidade mínima.

Como é sabido as contas da autarquia são pouco transparentes e em relação à empresa que assegura a limpeza não se percebe bem de quem é o equipamento. A empresa acabou por não construir instalações e parece que o equipamento municipal terá sido objeto de venda, não se sabendo muito bem a que preço e em que condições.

Mas confrontada com a dívida à ECOAMBIENTE a autarca recorreu ao truque do costume, a melhor forma de fazer desaparecer uma dívida é transformando-a numa dívida litigiosa, expediente usado com regularidade e que lhe tem permitido “aliviar” o peso da dívida na contabilidade da autarquia.

Não admira que de um dia para o outro, a mesma autarquia que sugeria que o lixo por apanhar era culpa dos cidadãos, descobriu que tinha de aplicar penalizações contratuais e de um dia para o outro já era a ECOAMBIENTE que devia dinheiro à CM. Curiosamente, a oposição mordeu a isca e apoiou a CM na sua luta judicial contra a empresa de limpeza, sem questionar nada sobre a dívida anterior ou sobre o fundamento das penalizações.

Já que a oposição faz não a pergunta aqui fica: em quanto é que vai a dívida da CM à ECOAMBIENTE e enquanto vão as penalizações por incumprimento contratuais? A empresa aceitou essas penalizações e já procedeu ao seu pagamento? Se não aceitou já foi iniciado algum processo judicial com vista à sua recuperação?