Nela não consta nenhuma carta do presidente da SONAE com
assinatura manuscrita nem se sugere que é resultado da bondade de algum incompetente
oportunista. EM vez disso, tem informação completa já que não se trata de um chapéu
de labrego ou uma esferográfica das que a São oferece nas suas campanhas eleitorais
onde estranhamente jorra dinheiro.
Antes de mais tem o selo de certificação, diz a que tipo de utilização
se destinam (no contexto da atividade profissional ou nas saídas autorizadas em
períodos de confinamento). Como é usual nestes produtos “sérios” indica o nome
do fabricante, com o respetivo endereço, indicando a composição do exterior
(100% algodão) e interior (100% polipropileno), completando a informação como o
lote. Informa que mantém as suas qualidades com 5 lavagens, informando que
devem ser lavadas “usando um ciclo de lavagem normal, completo, a 60º com
detergente”.
Os produtos sérios, vendidos, distribuídos e oferecidos por
gente séria são assim, os outros, aqueles que são distribuídos de forma
oportunista a pensar mais em votos do que na vida dos cidadãos não têm nada
disto, não garantem nada e não sabemos se são mais eficazes do que tapar a cara
com um guardanapo. É a diferença entre a seriedade e o oportunismo, entre quem
se preocupa com a vida dos outros e os que se preocupam apenas com a sua vida.
A quem é que a São comprou as máscaras? Terá sido a uma empresa
séria que produz segundo as normas ou a
um qualquer contabilista que anda a fazer bom dinheiro nos intervalos? Terão
custado menos (depois de embrulhadas e incluída a cartinha miserável) do que os
1,75€ que custa a máscara vendida no continente? A autoridade local de saúde
aprovou o produto? Porque razão a São em vez de usar uma máscara XPTO não usa
uma destas? E já que estamos com as mãos na massa, será que a compra vai
aparecer na BaseGov?
Alguém devia explicar a esta senhora a desigualdade entre
uma candidata que distribui brindes eleitorais e uma presidente de uma CM que não
se cansa de dizer que ao nível local é a autoridade máxima da proteção civil.
Depois de um plano de emergência com dez anos e sem uma única das atualizações
previstas na lei só nos faltava a distribuição destas máscaras.
Caso a senhora presidente da CM queira ser presidente em vez
de candidata e preocupar-se com a vida de todos, sugerimos que distribua máscaras
certificadas, com a informação exigida e com indicações relativas à validade e
à lavagem. É assim que fazem as pessoas sérias e competentes.