CUIDADO

Covid-19: 14 óbitos em Portugal. Número de infetados no Algarve ...



No dia 17 de março, o dia anterior à declaração do estado de emergência haviam 642 casos de covid-19, no dia seguinte os casos aumentaram para 785, isto é, no dia em que foi declarado o estado de emergência registarem-se 143 casos, certamente menos do que os novos casos declarados no último dia do estado de emergência.

Isto não significa que a situação seja mais grave neste momento, já que só daqui a alguns dias surgirão os casos de doentes que foram contaminados hoje. MAS é óbvio que a situação epidemiológica não é nada tranquilizadora. Há multiplicas cadeias de contágio em todo o país e não estão sob controlo das autoridades sanitárias, com o fim do estado de emergência a probabilidade destas cadeias de transmissão se multiplicarem e espalharem por todo o território é muito grande.

Fazem bem as autoridades sanitárias, não só não estão desmontando o dispositivo hospitalar de combate à doença como está mesmo a reforçar os meios. Agora, a única barreira à multiplicação de casos é o comportamento de cada cidadão e é  de lamentar que não esteja a ser feita uma campanha de esclarecimento para que cada cidadão tenha consciência de que o risco hoje é o mesmo que existia antes da declaração do estado de emergência.

No caso particular da nossa terra o risco é acrescido pois com o início da época balnear, no próximo dia 1 de junho, a probabilidade de “importarmos” cadeias de contágio é muito grande. Isso no pressuposto de que até lá não surjam más, notícias, porque se suceder alguma surto local de covid-19 o concelho pode ser ainda mais penalizado em termos económicos.

Até aqui ficámos confinados em casa, a partir de agora depende de cada um de nós o combate à pandemia. É importante que cada um de nós tenha consciência de que tanto podemos ser uma barreira à transmissão do vírus como podemos ser os transmissores. O comportamento irresponsável ou descuidado de alguns, mesmo que sejam poucos, podem deitar tudo a perder, conduzindo o concelho para uma situação ainda mais difícil.

Já percebemos que a nossa autarca anda mais preocupada com a sua imagem e já está em pré-campanha eleitoral, em vez de uma campanha de esclarecimento faz vídeos e fotos para se promover à custa da doença, em vez de se preocupar com o concelho dedica a discursos miseráveis a cartas anónimas da treta, que até parece terem sido encomendadas. A sorte do concelho depende de todos nós e de cada um de nós.