MEMÓRIAS DO LARGO DA FORCA [1] - O CINISMO COMO FORMA DE ESTAR NA POLÍTICA





Muito depois de o Largo da Forca ter sido criado alguém se terá cruzado na Avenida com o agora candidato Álvaro Araújo e questionou-o sobre quando é que aparecia a dizer alguma coisa. A resposta do candidato terá sido mais ou menos esta “agora é a vez de o largo da Forca desestabilizar”, o candidato apareceria depois, sem ter o trabalho de enfrentar a São e o Luís. O autor do largo da Forca nem conhecia o candidato do Rui Setúbal e pelo que sabia das suas relações com o Luís Gomes nem simpatizava com ele. Mesmo assim, alguém muito espertinho já o tinha posto e já estava a trabalhar e a correr riscos há muitos meses para ajudar uma pessoa pela qual não tinha qualquer admiração chegar a presidente da CM.

Isto diz muito sobre o cinismo de quem estimulou a criação do Largo da Forca e de quem muito mais tarde nos disseram que tinha denunciado os autores a um assessor e braço direito da São Cabrita. Aliás, quando percebeu que o LdF não iria apoiar o candidato Álvaro Araújo essa personagem tudo fez para destruir aqueles que o ajudaram sem saber a promover o seu candidato.

Durante muito tempo houve quem andasse pelo Algarve e arredores, mostrando a amigos e camaradas o seu brilhante trabalho de oposição em VRSA. Tudo corria sobre rodas, depois de uma década de incompetência à frente de parte da oposição, alguém lhe fazia o trabalho, renascia a esperança de mandar em VRSA através de interposto candidato, os deputados municipais do PS até já sabiam fazer alguma oposição.

A regra desta oposição flácida e com pouca capacidade intelectual era o medo, o medo dos processos judiciais movidos pela São e pelo Luís era tanto que nem ousavam fazer a mais ligeira crítica. Cada vez que se referiam a eles sentia-se o medo, a certeza da sua invencibilidade, por isso enganaram alguém para lhes fazer o trabalho.

No caso do agora candidato Araújo que ninguém viu na oposição ao Luís ou à São nem sequer havia necessidade de medo, o chefe da repartição do IEFFP a quem a São tanto deve nem parecia ser da oposição, até ia aos jantares de homenagem política ao Luís Gomes.

Esta gente foi buscar quem lhes fizesse o trabalho, ajudando a lançar uma personagem que se manteve na penumbra e que nada fez pela oposição. Quando o candidato saiu da penumbra e lhes disseram não, não hesitaram em difamar, denunciar e atacar violentamente na hora em que lhes disseram não. Convencidos de que o medo de processos ou de outros ataques pelo poder levava ao fecho do LdF chegaram ao ponto de se assumirem como bufos anónimos.

Revelaram-se ao nível dos piores defeitos que atribuem ao Luís Gomes. Só que há quem não esteja à venda e não tenha medo, pelo que apesar dos ataques o LdF aqui estará até ao dias das próximas eleições autárquicas.

No próximo post falaremos da candidatura falhada do Álvaro Araújo em 2017, da tentativa de golpe na Assembleia Municipal a seguir às eleições, dos conluios que então diziam haver com o Álvaro Leal e do complexo de Édipo em relação a António Murta, uma das personalidades mais detestada por aquele que pensava que iria mandar em CRSA à custa do trabalho alheio.