13 DE MAIO, DIA DO MUNICÍPIO



A melhor forma de dizermos o que sentimos neste dia do nosso Município é fazer nosso “A trova do tempo que passa”, o poema de Manuel Alegre cantado pró Adriano Correia de Oliveira. Uma terra em desgraça, onde custa respirar, onde se fazem perseguições, onde se ouvem ameaças, onde se ouvem silêncios no meio de tanta desgraça e medo.

Desgraça, é a palavra que melhor descreve a VRSA do Luís, do Barros, do Romão, da São e de muitos outros. Uma desgraça que tentam tapa a todo o custo e mesmo com empresas fechadas, gente a passar fome e desemprego generalizado ainda tentam passar a imagem do sucesso. Tentam a todo o custo calar a desgraça.

Erramos uma terra orgulhosa, fomos símbolo de orgulho frente a Espanha, fomos uma das terras mais asseadas do país, fomos um dos municípios mais ricos do Algarve. E hoje? Somos a vergonha dos municípios portugueses, um dois mais endividados do país e o mais endividado do Algarve, um dos poucos ou o único que em plena desgraça da covid-19 nada deu aos munícipes em dificuldades.

É uma vergonha, perdemos o orgulho que sempre tivemos, somos obrigados a assistir impotentes à desgraça que nos afunda. Enquanto isso alguns continuam a ser os melhore remunerados da terra à custa de taxas que não param de aumentar, é para os manter ricos que mesmo os que foram forçados a encerrar são obrigados a pagar as taxas de esplanadas que não abriram ou que vão ter às moscas.

Mas melhores dias virão, porque iremos correr com esta praga que nos tolhe, por isso continuamos a ouvir a voz de Adriano:

Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.