LARGO DA FORCA
Não deve ser fácil aproveitar a pandemia para fazer campanha,
substituindo as arruadas de funcionários e assessores por arruadas
institucionais com acompanhamento policial. Compreende-se o desespero,. Depois de
mais de dois anos de um percurso de incompetência, com muitas mentiras pelo
meio, não há muito parta exibir aos eleitores, para além de negócios como o
Grand House, as multas da ESSE, o lixo e as ervas por todo o lado e a
contratação do hortofruticultor.
Ainda por cima a ausência de consultores “pró bono” que tão
preciosa ajuda deram na campanha de 2017, tem de recorrer ao brilhantismo do
assessor familiar, um brilhantismo que já foi evidente na comunicação do 25 de Abril,
onde os moinhos de vento do D. Quixote deram lugar a cartas anónimas, que foram
tão exploradas que faz pensar se foram uma ofensa ou um benefício.
Compreende-se que mesmo com as mãos cheias de nada para dar
aos comerciantes que pagam taxas de esplanadas sem as poderem usar, aos
estudantes que não podem acompanhar devidamente as aulas online, aos
desempregados sem rendimentos que não têm dinheiro para máscaras, para as
pessoas que ainda não sabem como vão fazer o almoço de hoje. A autarca não
tenha alternativa senão fugir em frente, faz arruadas institucionais, vídeos de
propaganda uns atrás dos outros, fotos ao lado do incansável comandante dos
bombeiros.
Mas não seria mais lógico, por exemplo, dizer quantos dos
11 compromissos eleitorais que assumiu com, a terra em 2017 já cumpriu? Agora
que a ESSE anda danada a multar a torto e a direito poderia dizer-nos que o
único dos 11 compromissos que cumpriu foi o de alterar o contrato com aquela
empresa para a favorecer, A pouca vergonha é tanta nas ruas da cidade de VRSA,
que um dia destes a ESSE até multa os carros guardados em garagens.
Poderia por exemplo, dizer quanto custou ou vai custar o
alugar de todo o equipamento de feiras que Oe empresário do regime tinha em
armazém, agora que nem tão cedo. Seria bom que nos explicasse porque razão o
ZAP de VRSA é um hotel ao estilo Grand House e o ZAP de Cacela é igual a muitos
que vemos no país.
A candidata autárquica devia explicar porque motivo VRSA tem
a pior e mais incompetente autarquia do Algarve. Qualquer pessoa que tivesse
tido o desempenho da São há muito que teria pedido a demissão, quanto mais candidatar-se
para acabar com a desgraça que fez.
