ARMANDO, O NOVO AVENÇADO

 



 O perigo de os arquivos do Município ficarem abertos, permitindo aos vila-realenses saber quem ficou com os muitos milhões gastos sem se perceber muito bem onde, está a levar a uma guerra de vida ou morte entre a São e Luís Gomez. Se a São receava aqueles que na oposição nunca foram coniventes com ela ou com o Gomez, agora é claro que também receia o seu antecessor. 

Aquilo que a São disse do Gomez numa reunião com um empresário que enganou, foi mais do que falar mal, aliás, muito mal, as acusações e insinuações foram tão graves que ficamos com a sensação de que a autarca gostaria de ver aquele que a inventou atrás das grades. Aliás, já tínhamos ficado com essa impressão pelas respostas que deu ao jornalista do Público no caso dos contratos que parecem ter sido feitos para pagar consultores eleitorais. 

O Gomez usa os seus “apóstolos” para anunciar a boa nova do seu regresso, cabendo o papel de São Pedro a um tal Pedro Pires, o homem que o Gomez contratou para abrir a torneira financeira da SGU e a quem a São designa por “peão de brega”. Em compensação a São usa os recursos da CM para comprar influenciadores. 

Depois do negócio mais bizarro do ano, que foi a contratação das iluminações de Natal, assistimos agora à última grande contratação foi a do homem da associação de pescadores de Monte Gordo e deputado municipal Armando, também conhecido pelo “Orelhas” e que é também conhecido como o representante na CM dos comerciantes das tendas do calçadão e outros locais do Município. Já há algum tempo que voz amiga nos disse que o distinto “influenciador”, homem ativo em realizações como a procissão da vila de Monte Gordo. 

A pobre São é presidente da autarquia mas o único deputado municipal que ainda a apoia é o mano, todos os outros votaram uma moção crítica da sua gestão, incluindo o nosso Armando, naquilo que mais não foi do que uma afirmação de lealdade ao Gomez. Se na verdade deputados municipais como o eclesiástico, o banqueiro ou o paisagista não passam de zeros à esquerda em termos de influência eleitoral, já o nosso Armando é um peão mis importante no jogo dos votos dos pescadores e dos comerciantes ambulantes. 

Na ora de contar espingardas a nossa Sanita não brinca em serviço, até porque numa terra com o clima da nossa a última coisa que a autarca quer é perder o lugar. Brilhante aluna do seu mestre a Sanita já começou a comprar os seus apoiantes e a contratação do Armando é uma verdadeira opa a eleitores que o Luís Gomez. Com o Araújo do outro lado e a Mão Amiga a desintegrar-se, resta à São o recurso às avenças para comprar os seus apoiantes. 

É assim que alguém como o Armando chega a avençado, mesmo que desta vez nem o Matação, a Sabino e o Romão tenham concordado. Em tempos disseram-nos que o homem ia ser gestor do espaço público e ganharia 500 € à nossa conta. Agora asseguram-nos que vai ganhar 1500 €, mas não sabemos o cargo que vai desempenhar. 

Talvez a São nos explique o que esta pouca vergonha, num concelho sem dinheiro para comprar uma vassoura a senhora decidiu comprar armandos e iluminações de Natal num a luta desesperada pelas primárias no PSD. A São e o Gomez travam uma luta de “mata mata” e nós é que pagamos?