LARGO DA FORCA
Há formas muito originais de entrar pela política e a mais
curiosa será, talvez, pelo amor aos gatinhos de rua. Mas se juntarmos o amor
aos gatinhos com o amor ao Araújo, então é que vale mesmo a pena ir para a
política. Assim temos a certeza de que passamos à frente de todos os outros,
asseguramos um bom emprego numa terra onde já empregos com o ordenado mínio e
num ápice, dois ou três anos, conseguimos entrar para os quadros do Estado,
algo que muitos professores levam uma vida para conseguir.
Costuma dizer-se que o estudo é um elevador social, mas em
VRSA o grande elevador social é o Araújo e a corrupção ética e o oportunismo
que tem promovido para ter apoiantes.
Pois a Marta Mendonça fez pela vida, apostou nos gatinhos e
no Araújo e ainda antes das eleições já sabe que é uma ganhadora, já que foi a
primeira classificada do concurso. Tem emprego certo para a vida, conseguiu em
menos de nada o que poucos jovens conseguem e ainda mais numa terra sem
empregos.
E para que não surjam dúvidas ficou em primeiro lugar do
concurso, claro que os apoiantes do Araújo sofreram uma transfusão da sua
inteligência e aptidões profissionais, entrando para o clube dos “special one”.
Mas o Araújo protege bem os seus candidatos e mesmo que
perca as eleições, o que é cada vez mais provável, e algo corra mal com o
concurso, a Marta tem garantido um contrato para mais três anos, durante os
quais ganhará €77.490, incluído o IVA. No ano passado já tinha ganho €25.830.
Nada mau para desenhar bonequinhos na propaganda do Araújo, ganha tanto como um
médico!
Grande Marta Mendonça, um exemplo de sucesso fácil para os
jovens de VRSA. Jovens querem ter alguma hipótese de sobreviver em VRSA? Já
sabem, sejam Martas.
