Na política sempre existiu a figura do vira-casacas e na
história da humanidade temos em Judas o Símbolo da traição e na nossa cultura
europeia temos por adquirido que Roma não paga a traidores e que o destino dos Judas
desta vida é uma corta pendurada no troco de uma figueira ou de uma olaia,
conforme a tradição.
Infelizmente os bandeados, a designação do traidor está para
VRSA como os nabos gigantes estão para o Entroncamento. Por aqui os bandeados
são verdadeiros fenómenos da anormalidade, do absurdo
Resultado de uma mistura de miséria cultural, com
oportunismo, baixo nível ético, a verdade é que parece que em VRSA as eleições têm
duas voltas, na primeira elegem-se os representantes dos eleitores e à qual se
segue uma verdadeira feira de gado, onde alguns trocam de curral em função da palha
que lhe oferecem. EM VRSA há gente que não se mete na política para representar
os eleitores, mas sim para depois venderem o lugar de leitos ao melhor preço. Mesmo
terminada a feira de gado continuam a assistir- ao bandeamento.
Não basta falar em miséria económica pois temos gente
endinheirada que já vimos amar o Luís Gomes, a seguir amar a São e detestar o
Luís para depois lamberem o Araújo dizendo que eram socialistas, mas tinham as
quotas em atraso.
Temos oportunistas que a troco do bandeamento conseguiram boas
encomendas, outros tiveram emprego na CM e em menos de nada tiveram um concurso
para garantir o emprego e ficaram nos primeiros lugares. Têm os nossos parabéns.
Há independentes, supostos comunistas, do Chega, socialistas
que se lembraram de voltar a ser socialistas, isto é, a miséria humana parece
não ter ideologia, da mesma forma que não tem princípios.
E se VRSA parece ser a terra com mais bandeados o Araújo é o
campeão da compra de bandeados, de tal forma que em três vereadores eleitos
pela sua lista dois nunca foram do PS. Enfim, coisas da miséria humana.