LARGO DA FORCA
Animado pelo impacto televisivo dos testes rápidos que o autarca decidiu fazer, num contexto de luta entre a autarquia e a DGS, o candidato Araújo interrompeu a longa dormência, escrevendo uma carta aberta à presidente da CM em nome de todos os vila-realenses (?) propondo igual iniciativa. De imediato enviou a cartita para o Jornal do Algarve, conseguindo um momento de glória tão grande que até o site do seu partido partilhou a notícia.
Após a recusa da presidente da CM, num raro momento de
competência por parte da São Cabrita, o partido do candidato Araújo de que ele
parece ser o dono, apressou-se a emitir um comunicado que é uma obra-prima do
oportunismo, afinal o Araújo não parecia estar muito preocupado com a saúde e vida
dos vila-realenses, limitou-se a usar o medo que grassava no concelho para
fazer chacota política. Tem graça, o PS está presente no executivo autárquico
mas prefere que seja o seu candidato a fazer a proposta.
Curiosamente, a autarca fundamentou bem a sua decisão, passado um atestado de incompetência ao candidato Araújo. O candidato Araújo sabia que mesmo que a autarca concordasse com as suas idiotices políticas não teria dinheiro. O comunicado de resposta ignora o problema de saúde e vai direito à questão financeira, quando esse nem sequer foi o argumento da autarca. Começam logo ao ataques dizendo “Cumpre-nos esclarecer que a Sra. Presidente da Câmara não aceitou a proposta do Partido Socialista porque o Município está mergulhado em dívidas” Dir-se-ia que a “nota de esclarecimento” já estava escrita antes da carta.
Aproveitaram para desancar na São Cabrita, num momento de rara agressividade neste tempos de ecumenismo político do candidato Araújo. Na nota de imprensa, de 19 de Fevereiro, justificava-se a recusa de uma proposta cínica, oportunista e incompetente:
«porque o Município está mergulhado em dívidas, falido e penhorado durante as próximas décadas, resultado da gestão despesista e ruinosa do executivo PSD que ela lidera. Esta situação não lhe permite ajudar as famílias e honrar os compromissos prementes.»
Um mês depois, no passado dia 18 de março o mesmo PS setubalaraujiano, num comunicado para ganhar uma notícia no Jornal do Algarve por conta da ressurreição do Luís Gomes, já se referia à São de uma forma bem diferente:
«porque o Município está mergulhado em dívidas, falido e penhorado durante as próximas décadas, resultado da gestão despesista e ruinosa do executivo PSD que ela lidera. Esta situação não lhe permite ajudar as famílias e honrar os compromissos prementes.»
Será que VRSA precisa de uma candidatura que se comporta desta forma oportunista e cínica, revelando oportunismo e incompetência, não hesitando em usar um problema sério como a pandemia para fazer chacota política? Pior do que isto só os perfis sujos que têm vindo a surgir recentemente, visando difamar, arrasar e destruir quem incomode a candidatura de Álvaro Araújo.
