OS NOSSO PARABÉNS AO CANDIDATO ARAÚJO

 


 

Quando o brilhante autor do “Democracia VRSA”, um perfil escrito por alguém muito empenhado em defender, apoiar e criar uma espécie de culto da personalidade em torno de um político falso que finalmente conseguiu ser candidato pelo PS, nos disse que o competentíssimo Araújo tinha ido a concurso para os lugares que ocupou e ocupa no IEFP, confessamos que ficámos a nutrir alguma consideração pela personagem. 

Não que os cargos sejam grande coisa, mas ver um professor de espanhol passar à frente de tanta gente com mais habilitações, incluindo funcionários do próprio IEFP é merecedor de elogio, partindo do princípio de que os concursos foram rigorosos e honestos. Lembramos que os concursos para as nomeações no Estado foi uma ideia implementada pelo falecido Sousa Franco, quando foi ministro das Finanças de António Guterres. 

Era uma forma de acabar com a praga dos bois, e ainda que todos saibamos que muitos concursos acabam por ser viciados e com o resultado mais ou menos combinado, a verdade é que obedecem a regras e proporcionam direitos a quem concorre. Se o candidato Araújo preencheu todos os cargos por concurso não podemos dizer que deveu a entrada no IEFP a alguma cunha do Murta ou do Luís Gomes e que nas vezes que foi reconduzido na chefia do centro de emprego de VRSA não precisou da cunha do Luís Gomes quando o governo era do PSD. 

Infelizmente os oportunistas que grassam dentro dos partidos do “arco da governação” depressa descobriram um truque para que em numerosos serviços do Estado se faça de conta de que não há lei. Parece ser o caso do IEFP onde na ausência de concursos os bois passam por cima de todos os portugueses. Quando alguém abandona um lugar de chefia no Estado, tem de se nomear alguém em regime transitório, para que possa ser aberto um procedimento concursal. Entretanto, a pessoa que ocupa o lugar fica em “regime de substituição”. O que fizeram os boys? Passaram a ocupar os cargos durante anos a fio em regime de substituição. Alguns são mais sofisticados, quando o seu governo está no poder são boys do seu partido, quando vem outro governo arranjam um padrinho para sobreviverem.



Nunca nutrimos grande simpatia pelos dotes do candidato Araújo, mas do mal, o menos, o homem tinham singrado pelo seu valor e os araujianos fascistas da arrastadeira conhecida por “Democracia VRSA” confirmavam isso. Só que o Google sabe de muita coisa e não raras vezes fazemos uma pergunta e o algoritmo de busca nos informa de muitas outras. Foi assim que demos com o currículo do candidato Araújo, publicado no inquestionável Diário da República. 

Pois, durante a sua brilhante carreira no IEFP o senhor não fez um único concurso, pelo menos até 2015! Isto é, esteve em regime de substituição durante toda a sua “brilhante” carreira.. Entrou sem concurso com um governo de Sócrates, foi reconduzido em regime de substituição por várias vezes e chegou ao cargo de cargo de Diretor-Adjunto do Centro de Emprego e Formação Profissional de Faro pela mão do governo de Passos Coelho e com Luís Gomes em autarca e vice-rei do Algarve. Mais palavras para quê, como diz a publicidade é um artista português.