UM REPUXO ONDE JORRA O BRILHANTISMO DA AUTARCA

 



Há muitas décadas que VRSA não assistia a um momento tão marcant, desde a inauguração do obelisco que não se via algo de tão monumental como os novos repuxos na Av. da República. Durante muito tempo e porque a São tinha entregue o edifício da Alfândega para sala de charutos do Grand House que estávamos convencidos de que o abandono desta grandiosa obra se devia ao receio de que as gotas lançadas pelo repuxo apagasse aos charutos aos ilustres clientes daquele hotel. 

Mas não, percebemos agora que a autarca tinha reservado esta obra para cereja a colocar no cimo do grande bolo do seu brilhante mandato autárquico, tão brilhante que até o invejoso Luís Gomes não resistiu à tentação de voltar, agora que a CM nada novamente em dinheiro. Durante as últimas semanas as expectativas foram criadas com sucessivos anúncios e até o espetacularíssimo fez um vídeo a mostrar a grandiosa construção. 

Não é qualquer autarca que consegue mobilizar um tão grande investimento, mais de 30.000 € para dar esta alegria aos vila-realenses, que talvez a partir do próximo dia 5 de Abril já podem passear apreciar a obra. Já foi inaugurada e anunciada com pompa e circunstância,  A CM anuncia que “Com esta obra, o município de VRSA devolve também à cidade um equipamento emblemático, contribuindo, em simultâneo, para a dignificação da frente ribeirinha da cidade.”. A ela vamos dever a grande frente ribeirinha, qual Marquês ou Luís Gomes, é a uma ilustre Cipriano Cabrita que tudo devemos! 

Um repuxo que em boa hora não precisa de luz, numa terra do Iluminismo e com uma autarca tão iluminada e luminosa seria um desperdício. A própria autarca explica numa entrevista à Rádio Guadiana, anunciada como sendo  a “emissora nacional que toda a gente segue”, dando provas de modéstia, explica a falta da iluminação dizendo que “"E não vai precisar de luz, porque há muita luz exterior...". Tem razão, durante o dia o sol é forte e durante a noite temos os candeeiros, a luz de Aiamonte, o Luar e se o mano da presidente estiver a na confraria até temos de andar de óculos escuros. Luz ambiente há muita, como à volta não falta água, calhando a autarca decidiu que os repuxos funcionam com medronho e de vez em quando saem umas baforadas de fumo, vindas dos exaustores do Grand House e da confraria. 

Sò uma pequena pergunta à presidente: não foi ela que justificou em tempos o abandono dos repuxos dizendo em plena sessão de câmara que a sua reparação custaria 80.000€?