O CONCELHO DOS ESPAÇOS CASTANHOS


Habitualmente os municípios orgulham-se dos seus espaços verdes, mas Vila Real de Santo António pode chamar a si o estatuto da capital dos espaços castanhos, já que neste concelho verde é só a bandeira do Sporting na Casa deste clube na Praça Marquês de Pombal.

Na última reunião da CM o vice-presidente da CM, um senhor que tem duas velocidades de trabalho, devagar e devagarinho, elaborou uma intrincada teoria, tentando demonstrar que me VRSA não se podia apresentar grandes taxas de poupança da água, e por isso é a última classificada no Algarve neste capítulo, porque já não há onde poupar.

Pois desta vez o ilustre causídico que encontrou uma fórmula jurídica para o Prédio da Rua de Angola mas que quando se apanhou no cargo comprou o prédio a preços especulativos, tem toda a razão.

Fotografámos todos os espaços dantes verdes e agora castanhos do nosso concelho e podemos dizer que o homem tem razão. Se as ruas não são lavadas, se os espaços castanhos não precisam de água e ele só bebe água engarrafada então não há mesmo onde poupar e, logicamente, como não podemos poupar água o último lugar na poupança de água é um lugar honroso. Neste caso é, como diz o povo, os últimos são os primeiros.

Começamos esta série dedicada aos espaços castanhos do Araújo e do Cipriano por um pequeno jardim que pelo seu simbolismo, já que é dedicado aos nossos bombeiros, deveria merecer especial carinho. Não deixa de ser irónico que à volta do bombeiro segurando a agulheta tudo esteja seco. Bem que seria bom se aquela agulheta deitasse alguma água.

Parabéns ao Araújo, ao Cipriano e ao Babita pela forma brilhante como pouparam água!