Até agora não ouvimos uma única palavra acerca do
encerramento da maior unidade hoteleira de Monte Gordo, apesar do forte impacto
que este encerramento teve para a economia do concelho e, em particular, da vila
de Monte Gordo.
São milhares de turistas com um alto padrão de consumo,
turistas que em vez de comprarem nos supermercados ou irem comer ao restaurante
do Pingo Doce das Hortas, frequentavam os restaurantes de Monte Gordo. Clientes
com um alto padrão de consumo que deixavam muito dinheiro no comércio local.
Foram muitas dezenas de postos de trabalho perdidos, com
muitos dos seus trabalhadores ainda em busca de um posto de trabalho. Se os
mais jovens e qualificados facilmente encontram alternativa, outros sentem
maiores dificuldades.
Mas se o Yellow fechou um outro aparthotel nem chegou a abrir,
tratava-se de uma unidade hoteleira que iria abrir no Monte Fino. Um investidor
apostou no concelho e adquiriu essa unidade em hasta pública, mas o nosso
autarca por artes mágicas parece ter levado o investidor a desistir. Prometeu
instalar ali sem abrigos, mas parece que os sem abrigo, alguns deles
imaginários, continuaram sem abrigo.
Vale a pena voltar a ouvir o que o Araújo prometeu em
entrevistas à Rádio Guadiana e comparar com o que fez. Até agora o balanço da
gestão do Araújo no plano económico e, em especial, no turismo foi pior que o
rotundo zero, já que com o encerramento do Yellow e ao impedir a instalação de
uma unidade hoteleira no Monte Fino, é altamente negativo.
Parece que a posta no turismo por parte do Araújo consiste
apena em viagens de grandes comitivas a tudo o que é feira de turismo e
festarolas pimba.