O caso relatado pela mãe de uma jovem que sofreu um choque
grave numa iniciativa patrocinada e usando equipamentos da responsabilidade da
CM é de extrema gravidade. Esperemos que a esta hora a CM já tenha cumprido com
o seu dever de inquirir o que sucedeu e as causas do incidente. Esperemos que
não tenham feito algo como fizeram com um acidente de mota que vitimou um jovem
de VRSA, cuja responsabilidade foi de separadores indevidamente colocados na Av
Salgueiro Maia, que desapareceram de um dia para o outro, como para que não
existissem provas.
Neste caso, a não se que se prove que tenha sido um
incidente imprevisível, o que nos aprece muito pouco provável, a CM pode ter responsabilidades
civis, assumindo responsabilidades financeiras pelos danos provocados pelo
incidente.
Mas, se vier a provar-se que houve negligência pode
enfrentar igualmente uma acusação de natureza criminal, designadamente, se for
considerado que se trata de negligência dolosa.
Já por várias vezes denunciámos aqui a irresponsabilidade em
matéria de segurança dos cidadãos, desde ferros espetados a delimitar obras a
cabos de alta tensão a passagem pelo chão em recintos de feiras, a
irresponsabilidade não tem limites nesta terra. Um executivo irresponsável e um
responsável pela Proteção Civil incompetente e que passa o tempo a ler jornais
online, pode ter consequências muito graves.
Mas, como a irresponsabilidade e incompetência não andam só,
percebemos que num espetáculo com crianças em instalações da responsabilidade
da CM não há a mais pequena preocupação com a segurança. Uma autarquia
responsável teria assumido responsabilidades pela segurança e quando se trata
de um ajuntamento de pessoas num espetáculo com crianças, seria de esperar que
deveriam ser adotadas medidas preventivas.
Desde logo, uma fiscalização rigorosa dos equipamentos que
parece ser óbvio que não foi feita, bem como a presença da Proteção Civil para
o caso de ocorrência de algum acidente, como veio a ocorrer. Tratando-se de um espetáculo
de dança com jovens seria de esperar um grande cuidado.
Como se percebe pela mensagem foi a própria mãe que teve de
levar a filha para o hospital, isto é, não foi adotada qualquer medida nem
estava presenta a Proteção Civil. Toda a gente sabe que tanto o responsável da
Proteção Civil como o presidente da CM gostam muito de passear e no caso do
segundo só aparece para fazer discursos patetas e tirar fotografias.
O Largo da Forca manifesta o desejo que de que a jovem esteja
recuperada e de que o acidente não tenha resultado quaisquer sequelas.
Manifesta também indignação perante um autarca que revela um total desprezo por
questões básicas, como a segurança dos nossos jovens.