Se o concelho de Vila Real de Santo António se limitasse à
sede do concelho estaria na desgraça, nos últimos anos o concelho estagnou, se
no mandato autárquico anterior ainda se viu algum investimento, nestes três
anos é uma verdadeira desgraça, como comentou alguém é um zero em tudo, emprego
e investimento.
Vila Real depende de serviços do emprego camarário e das
instituições do Estado como Saúde, Ensino, Tribunal, Fisco, Escola de Turismo,
Docapesca, PSP e GNR e serviços de Registo. A isto somam-se atividades de prestação
de serviço que se concentram habitualmente nas sedes dos concelhos, como
abanca, escritórios de advogados, contabilistas e outros serviços. Os dois hotéis
recentes foram instalados no anterior mandato, o Grand House e a posada do
Grupo Pestana.
Isto é, a atração de investimento e de novas atividades foi
nula. O que dinamiza o concelho em termos económicos são os investimentos e o
dinamismo económico das freguesias de Monte Gordo e de Castro Marim e os
grandes investimentos em turismo de excelência realizados no concelho de Castro
Marim.
Isto é, o emprego criado na sede é zero, o aumento das
receitas de IMI e IUC é igualmente zero, as receitas municipais são dinamizadas
pelas outras freguesias. Isto é uma situação preocupante que condena o futuro
da juventude do concelho que, ainda por cima, é penalizada pelos resultados das
escolas, que estão no fim da tabela do ranking nacional, situação que deveria
merecer uma profunda reflexão, tema a que voltaremos.
Como se isto não bastasse, o único empregador ativo do concelho,
a Câmara Municipal, impera a opacidade, o favorecimento pessoal e a compra de
votos e de eleitos por listas da oposição, na hora de se proceder a
contratações, de onde resulta a discriminação de quase todos os residentes no
concelho e, em especial, os mais jovens.
Neste, como em todos os domínios, as promessas do Araújo
resultaram ser mentiras oportunistas. Não só foram mentiras, como por aquilo a
que temos assistido o autarca tem-se revelado incompetentes, parece demonstrar
uma enorme capacidade técnica e, pior do que tudo isto, mais preocupado com os
resultados eleitorais e com o futuro dele próprio e dos seus familiares,
amigos, boys e bandeados, do que com o futuro e expetativas dos vila-realenses,
penalizando ainda mais os jovens.
Com autarcas sem visão e mais preocupados com o seu futuro e
benesses do que com o concelho o futuro começa a ser negro, já que a tendência
é para o abandono do concelho pelos jovens e mais capazes.