O turismo não traz apenas benefícios, para além dos custos
que representa para as regiões de maior impacto, prejudica a população já que
muitos preços aumentam e os serviços que partilha com os visitantes, como os
cuidados de saúde ficam saturados.
Esse impacto negativo é visível em VRSA onde se registam
dificuldades acrescidas no acesso à habitação, já que com menos rendimentos os
vila-realenses têm de concorrer no acesso à habitação com o maior investimento
no imobiliário destinado ao turismo ou com os reformados de países ricos que
oferecem mais dinheiro pelas rendas.
É por estas razões que muitas cidades europeias adotaram a
aplicação de taxas turísticas, havendo mesmo alguns que já limitam o acesso de
turistas, pois muitas populações começam a manifestar-se contra os turistas,
como sucede, por exemplo, em Barcelona.
Mas o que faz o Araújo, cujo partido votou contra a taxa
turística quando esta foi aprovada nos órgãos autárquicos? Investe as receitas
da taxa turística em atividades que diz atrair turistas de inverno.
Na verdade os turistas que são atraídos para a palhaçada
setecentista ou com a prova de motas na praia, apresentada como uma grande
prova europeia quando não tem mais interesse desportivo que qualquer prova de
motocross de província. O Araújo prometeu dados mas nunca os mostrou e pelo que
se sabe o grande ganhador foi o Hotel Apolo, propriedade de um amigo, onde se
instalou o pessoal do ACP.
Isto é, o a receita da taxa turística, gerada por todos os hotéis
e alojamentos locais, que deveria servir para compensar os custos do Município
resultantes do turismo, acaba para regressar para o bolso de poucos amigos e
serve apenas para as iniciativas que são organizadas com o único objetivo de
promover o Araújo.