ELA É UMA SANTA, NÃO FAZ POLÍTICA

 


Presidente deu mais uma daquelas entrevistas ao Mendes, algo que começa a ser comum quando sente que as críticas a estão a atingir. A senhora não tem grandes dotes oratórios e raramente vai alem do que podemos designar por baboseiras. Mas na última entrevista que deu ontem diz algumas coisas interessantes. 

A primeira refere-se à divulgação dos nos casos de covid-19. Depois de meses a abafar, omitir ou manipular a informação, a autarca explicou os motivos porque VRSA é o único concelho do país ou dos poucos conde a informação relativa aos novos casos de covid-19 são escondidos. É que ao contrário do que sucede em Castro Marim a nossa autarca não confia na DG de Saúde de Faro, confia penas na média de saúde pública de VRSA, subordinada daquela DG e que nem sequer é a delegada de saúde como muitas vezes é designada, já que o delegado de saúde está em Faro e a sua competência abrange os concelhos de Tavira, VRSA, Castro Marim e Alcoutim. 

A senhora, que tanto se gabava de ser a líder local da Proteção Civil, diz agora que sabe dos casos em VRSA pela Proteção Civil e pelas autoridades regionais, mas só divulga os dados que a média romena lhe envia. Pois, e por coincidência os dados que recebe acabam por refletir uma situação de sucesso! O problema é que na entrevista diz ao amigo Mendes que no dia anterior, no dia 19, VRSA registou 48 novos casos! Pois é, mas nesse dia nada foi divulgado, nem sequer ontem! Talvez quando os números forem mais baixos… 

Outra declaração muito interessante da senhora é quando sugere que em matéria de pandemia não há política, deixando a sensação que a CM é uma espécie de subdelegação da ONG da amiga Lídia, como diria o candidato Araújo, naquela organização benfazeja não se faz política. 

Mas quando a senhora no passado mês de Setembro ocultou os dados, divulgando-os apenas no Facebook pessoal e em resposta às amiga , não estava a fazer política. Esconder os dados de quem a elegeu, reservando-os apenas a pessoas de confiança não é fazer política? 

Quando tentou iludir os vila-realenses, chamando o Mendes para dizer que em VRSA não havia qualquer surto, dizendo no melhor estilo de Bolsonaro e Trump que não se tratava de qualquer surto, mas sim de um aumento brusco, enquanto, ao seu lado, a senhora que dizem ser delegada de saúde abanava a cabeça afirmativamente, não estava a fazer política? 

Quando, depois de um Verão onde a lei nacional não se aplicou às esplanadas de Monte Gordo ou aos beberetes da presidente no Hotel Vasco da Gama, disse que VRSA não tinha tido covid-19 no verão (tal como quase todo o país) graças ao seu “trabalho de sapa” não estava a fazer política? 

Quando abafou os dados da segunda vaga antes do feriado espanhol coincidente com a Feira da Praia, para agradar a uns poucos empresários mais gulosos, não estava a fazer política? 

Quando os mercado municipais não respeitam normas para sugerir aos comerciantes que é amiga deles, não está fazendo política? 

Quando deu uma máscara a quem a pagasse me géneros, máscaras sem qualquer valor em matéria de proteção, que não eram certificas e era iguais a que um contabilista oportunista andou a vender nas instalações da CM sem IVA e sem fatura, não estava a fazer política? Quando excluiu as instalações da JF de Cacela para a distribuição das máscaras, optando por as entregar no mercado municipal porque a JF de Freguesia não é governada pelo seu clã, não é fazer política? 

Pois é, só quando as coisas correm mal é que se esquece que é a líder da Proteção civil e arma-se em voluntária da Mão Amiga, dizendo que não é momento para fazer política. Pois é, há por aí quem pensasse que manteria ou chegaria ao poder graças ao covid-19 e agora querem suspender a democracia em seu proveito, à custa de um combate à covid-19 que usaram em seu favor, quando tudo corria bem.