É legítimo que um governo, um governo regional ou uma autarquia mostrem os que fizeram no último ano do mandato. Sabendo-se que os mandatos são relativamente curtos não faria sentido esperar que as obras aparecessem feitas no primeiro ano, reservando-se as “desgraças” para o último ano.
Todos os candidatos que estão na oposição criticam estas situações e quando chegam ao poder fazem rigorosamente o mesmo. O problema é quando os governantes são tão incompetentes que não só não fizeram nada, nem do que prometeram, nem do que seria de esperar de uma mera gestão corrente, e no fim dos mandatos lembram-se de gozar com os seus eleitores com pequenos truques e gorjetas.
A nossa autarca passou três anos a ver o lixo aumentar no concelho, assistiu impávida e serena à degradação dos equipamentos públicos, esqueceu-se das suas promessas eleitorais e, tanto quanto se sabe, os únicos que poderão estar-lhes gratos pelo seu desempenho autárquico serão os donos do Grand House e os senhores da ESSE que encontraram-se nos vila-realenses um “rebanho” que ordenham e tosquiam a seu bel-prazer.
Numa câmara municipal com orçamentos de 30 milhões de euros anuais o que é que recebemos desta autarquia? Um corno e a ponta do outro! Nada a não ser taxas, aumentos do preço da água e toda uma série de truques com que os autarcas acham que podem sugar os rendimentos de quem aqui vive.
Agora chega-se ao ridículo de produzir filmes e notícias sucessivas com uma tômbola. Em Faro a autarquia teve a ideia de ajudar o comércio, esta ideia foi copiada na nossa terra para ajudar uma autarca incompetente, que tenta a todo o custo safar-se da derrota anunciada.
EM quatro anos gasta um orçamento de 120 milhões e agora
arranjou 10.000€ para uma tômbola, 50 mil para equipamento escolar e mais algum
para reparar o repuxo. Para isso socorreu-se provavelmente da receita do
terreno que não lhe pertencia e vendeu mesmo sabendo que estava vendendo o que
não lhe pertencia, gastando igualmente as receitas da taxa turística para
mostrar obra que não fez.