Já não é a primeira vez que as cantinas escolares abrem, para fornecer refeições em presencial aos estudantes que beneficiam de apoios sociais. Na primeira vaga tal sucedeu por decisão do governo, que financiou a medida, mas pró aqui a propaganda oficial do regime apresentou a medida como decisão da autarca, até a incluirão num vasto programa de apoios sociais e depois andaram a dizer que tinham gasto 500.000 euros em apoios sociais,
Agora, o governo voltou a tomar a mesma media e os nossos autarcas voltaram a brilhar, Castro Marim apressou-se a divulgar a medida logo no dia 22, em VRSA levaram mais tempo a desenhar o cartaz e só hoje divulgaram.
Tudo estaria bem se não se tivessem esquecido de dizer quem na verdade decidiu a medida, porque se organizam manifestações para fazer falsas acusações ao governo na EN125, também poderiam ser honestos e dizer de quem é a medida e o dinheiro que a financia, em vez disso fazem propaganda.
Mas há uma pequena diferença entre os comunicados da CM de
Castro Marim e da CM de VRSA, em Castro
Marim os alunos que não vivem na localidade da cantinha podem solicitar a
refeição em take away e a CM oferece o transporte. Em VRSA cabe a cada um
desenrascar-se. Curiosamente, neste ponto a CM VRSA descuida-se, e figiu-lhes a
baca para a verdade, explica que:
“De acordo com a informação prestada pelo Delegado Regional de Educação aos Diretores dos Agrupamentos, as refeições deverão ser servidas de forma presencial ou, excecionalmente, em regime de take away.”
Isto é, a medida é mesmo do governo e é ao governo que devemos agradecer pela preocupação social, fazendo, aliás, o que deve fazer.
Mas custaria muito aos nossos autarcas terem referido de
quem é a decisão e quem paga? Custa assim tanto ser fiel à verdade?