Não há cerimónia que envolva o Município em que o Araújo não
force o seu discurso e não faça a sua sessão fotográfica de top model
autárquico. Seja leitura de poesia com o Cabritão, livro de poesia do Cruz ou a
apresentação de qualquer obra cultural como os livros do historiador Pessanha o
Araújo não perde a oportunidade.
Mas quando está alguém que durante anos serviu o Município
como vereador e como vice-presidente da CM ou como presidente da AM, que foi
deputado na Assembleia da República durante uma legislatura, que é um escritor
de reconhecido mérito, que recebeu nada menos do que o Prémio Leya, o maior
prémio português na literatura o nosso senhor presidente, um tal de Álvaro de
Araújo prima pela sua ausência e manda o
seu vereador Fernando Horta, que até agora aparece em iniciativas como
aprender a fazer crochet ou a fazer folares.
Isto revela a classe do Álvaro de Araújo ou, melhor ainda, a
falta total de ela. Porque este autarca é um homem que não esquece e se envenena
nos seus ódios políticos e aversões, para quem a oposição não é para respeitar
e quem não se vende a troco de empregos, encomendas ou outras gorjetas
Conhecemos bem o que o grupelho xochialista pensa do Dr.
Carlos Barros, sabemos como o difamavam, sabemos o que o Setúbal nos dizia da
origem das pedras que tem no jardim da sua casa.
Mas o Álvaro de Araújo fez muito bem em primar pela ausência
para depois aproveitarem o acontecimento com um post no Facebook do Município,
estamos certos de que a apresentação do livro só foi enriquecida com a ausência
do top model fotográfico das autarquias portuguesas, o homem é mais dado a cantar
o “pimba pimba na cama” ou o “aguenta de dói menos”. Ao lado do Dr. Carlos
Barros o Álvaro de Araújo, só sente complexos, é demasiado pequeno.