O Município levou dias para tomar posição sobre um incidente
gravíssimo e fica-se pelo moralismo, ignorando as responsabilidades da CM na
segurança das escolas que, na sequência da transferência de competências, para
os municípios, estão sob a sua alçada.
O que o autarca deveria explicar é a razão por que gasta uma
fortuna em segurança privada do apartotel do Monte Fino, que transformou em
habitação social, impedindo a realização de um investimento hoteleiro e ignora
a segurança das escolas. Provavelmente, considera os habitantes daquela
urbanização gente muito perigosa e achou que deveria proteger os residentes do
apartotel.
Provavelmente, depois da denúncia pelo Largo da Forca do
silêncio comprometedor do presidente da CM, deverão ter feito uma longa
reflexão sobre o que haviam de escrever. Mas, antes disso, acharam mais
importante a divulgação de mais um Domingão onde, certamente, o Araújo vai mostrar
os seus dotes de cantor, brindando-nos mais uma vez com a sua versão pessoal do
“e nós pimba”, o “e nós pimba, pimba na cama”, porque um grande político tem
que ser machão e por isso a adaptação da música.
Curioso é ver um autarca mandar dizer que “Para o município,
estes incidentes devem ser um alerta para a nossa responsabilidade social e
devem fortalecer o nosso respeito pelo outro.”
Pois, acontece que a sua campanha foi marcada por ataques
homofóbicos de um dos seus candidatos e o cunhado e adjunto do presidente da CM
é acusado nas redes sociais de ameaças físicas a quem critica o chefe. Enfim,
vícios privados e virtudes públicas.