A Célia Paz, junto com o Rui Setúbal e um tal Nuno Mob, que
anda desaparecido da política, mas que chegou a informar a família que seria o
vice-presidente do Araújo, foram os grandes apoiantes da candidatura do Araújo,
enquanto este fazia campanha nas excursões a Fátima organizadas pelo.
Quando o Araújo ganhou a Célia, que nunca tinha tido um
emprego fixo, já que era a moça de recados do escritório do Cipriano, basta
consultar a sua página no Parlamento para sabermos o que fazia: “colaboradora
de advocacia”. Uma forma pomposa que a então deputada arranjou para designar as
suas funções. Digamos que é mais fino do
que assumir as suas habilitações, tal como constam na página da Odiana (https://odiana.pt/equipa/), licenciada em
Assessoria de Administração pela Universidade do Algarve
Quando o Araújo ganhou as autárquicas foi promovida a
técnica superior da DOCAPESCA, por onde se manteve uns tempos. Mas o lugar não
seria do agrado ou não teria garantias de vínculo, pelo que o Araújo tratou de
a meter na ODIANA.
Para isso a Odiana lançou um concurso para contratar um “Técnico
Superior de Projetos”, para o que se exigia com habilitações uma Licenciatura
nas áreas de Gestão, Economia (ou similares). É óbvio que para alguém com um
curso de secretariado de três anos tirado à noite em Faro já é um exagero
chamar-lhe doutora, como a senhora tanto gosta. Mas economista ou gestor de
empresas?
Vejamos o que a Universidade de Faro (https://www.educaedu.com.pt/licenciatura-em-assessoria-de-administracao-licenciatura-22888.html)
diz sobre a sua licenciatura noturna que no concurso da Odiana foi aceite
abusivamente como um curso similar a uma licenciatura em economia ou gestão:
“Objectivos
Isto é, no Estado estas habilitações apenas permitem à Dra.
Célia Paz candidatar-se a funções de secretariado, por exemplo, secretária do Babita
e mesmo assim estará em desvantagem com pessoas com o curso de secretariado do
ISLA; bem mais exigente e com melhor preparações em línguas , já que até proporciona
habilitações para o ensino.
Mas a coisa correu ainda pior, concorreram duas pessoas e a
Célia nem terá sido a primeira classificada, o que criou um problema, já que se
recrutava apenas um técnico. Aliás, o júri terá considerado que nenhum dos dois
candidatos estaria em condições.
Mas quando o poder tem valores corruptos as coisas
resolvem-se, o júri terá sido “convidado a admitir os dois”, isto é, em vez de
um técnico sem condições tiveram de entrar dois, para poder entrar a Célia.
Até aqui tudo bem, nada a que não estejamos habituados com
esta gente, na CM foram admitidos tantos boys inúteis que quase não há cadeiras
vazias nas esplanadas da Praça Marquês de Pombal. O pior veio a seguir.
A diretora da ODIANA, lá metida pelo Araújo, parece que é
rigorosa e terá pelo na venta, o que passou a ser um problema para a Célia Paz,
que com tantos afazeres diplomáticos na qualidade de presidente da Assembleia Municipal
tem de estar ausente muitos dias.
Sucede que as suas baldas por conta da Assembleia Municipal não
podem ser consideradas como faltas justificadas e a diretora da Odiana,
obedecendo ao princípio da legalidade, exige à Célia Paz aquilo que é normal em
qualquer instituição, que cumpra a lei se quer baldar-se com a desculpa da AM
que meta dias de férias.
Isto é, a Dra. Célia não só arranjou um emprego com vínculo
através de um golpe oportunista e de legalidade mais do que duvidosa, como
agora pretende beneficiar de um regime ilegal e pessoal em matéria de faltas.
Mas, parece que as coisas estão a azedar e há quem diga que
depois desta golpada a Célia Paz sonha mais alto, até porque já deve ter
percebido que as coisas vão correr-lhe mal nas próximas autárquicas. Mesmo mais
perdido do que a barca do arroz, parece que quer correr com a Célia e a melhor
forma de o fazer seria promovê-la a diretora da Odiana.
Então, de repente, aparece uma carta anónima dirigida aos
presidentes das CM de VRSA, Alcoutim e Castro Marim, com queixas contra a
diretora da Odiana, isto é, alguém quer correr com a diretora da Odiana para
abrir a vaga.
E enquanto os vila-realenses, os alcoutinenses e os
castromarinenses têm de trabalhar para comer e os seus filhos procuram empregos
longe, os parasitas do regime usam e abusam do poder para conseguir proveitos
indevidos e resolver os seus problemas de emprego.