POR MAIS COOPERAÇÃO INTERMUNICIPAL


 

Este será um primeiro post dedicado ao futuro, ao pós Araújo e o tema resulta da perceção de que não existe cooperação intermunicipal no território do Baixo Guadiana, muito por estratégias políticas. O Baixo Guadiana não passa de um discurso de ocasião, a Eurocidade de pouco mais serve do que para cerimónias e a Odiana tem servido para criar tachos, como sucedeu com o emprego da Célia Paz, ou para colocar afilhados.

Ainda recentemente realizou-se mais uma Conferência Ibérica e um dos temas em discussão foi o TGV, com o governo espanhol a apontar para a linha Sevilha-Portimão e o português a dar preferência à linha Porto-Vigo. Lamentavelmente, os municípios algarvios ignoraram o assunto, não se percebendo esse silêncio, em particular o do Araújo que tanto se gaba das reuniões na AMP, mas parece que anda por lá só para as fotos.

Há muitas questões em que esta cooperação é fundamental, exemplos disso são o da saúde, já que a região tem sido marginalizada pelo SNS, o problema da EN125, as questões relacionadas com o ensino ou a proteção civil. Mas em vez de procurar a cooperação o Município de VRSA tem optado pela deslealdade e pelo golpe baixo.

Um bom exemplo da deslealdade ocorreu com as futuras instalações da GNR, em que com o apoio do Governo que na ocasião era do PS, os responsáveis da CM VRSA em vez de cooperarem aproveitaram as suas cunhas para avançar para um acordo onde parece querer passar a pena ao concelho de Castro Marim.

Ainda por cima o terreno cedido pela CM, que parece querer que a GNR fique sediada em VRSA, nem sequer tem aptidão urbanística. Não sabemos com que cara o Ricardo Cipriano vai contar este golpe baixo aos castromarinenses, quando se candidatar à CM de Castro Marim. Mas sabemos que as relações entre os dois concelho não deve ser alvo de jogos partidários, com a CM de VRSA a servir de instrumento eleitoralista do Cipriano.

Esperemos que os próximos executivos camarários de VRSA e de Castro Marim optem por cooperar em vez de a CM de VRSA dar golpes baixos, usando os seus recursos para influenciar politicamente os concelhos vizinhos. As economias destes concelhos crescerão mais com cooperação e nenhum dos dois concelhos ganham com estes comportamentos e muito menos se o Araújo conseguir colocar o Cipriano em Castro Marim, para fazerem lá o que têm feito por aqui.