UMA SICÍLIA À BEIRA DO GUADIANA


Aquilo que se passa em VRSA já ultrapassa os limites do aceitável, é uma vergonha que um executivo eleito em listas do Partido Socialista tenha instituído o medo, a perseguição, a vingança, a ameaça num concelho, para proteger um autarca ambicioso e incompetente, que não olha a meios para sobreviver.

Se alguém coloca um like numa página que não agrade ao Araújo recebe um telefonema senão mesmo uma visita domiciliária noturna. Se um cidadão se manifesta numa Assembleia Municipal e tem um negócio é alvo de uma fiscalização à esplanada, se os residentes de um bairro se manifestam são corridos a multas de estacionamento.

Mas a prática desta gente já ultrapassou todos os limites e agora tiram fotos às pessoas para ser o próprio João Reis, responsável pela secção local do PS a distribuí-las, para que os adversários do Araújo estejam identificados. Num único dia fomos fotografados abusivamente na rua e as fotos já resultaram em ameaças físicas.

Não foi a primeira vez, ainda antes das eleições já nos tinham fotografado, incluindo fotos do carro e da matrícula para depois, o pessoal do Araújo mandar esses dados à candidatura do PSD, convencidos de que estes poderiam fazer o trabalho que por cobardia não queriam fazer. Sabemos quem tirou fotos recentemente, uma em Castro Marim e outra na Casa do Benfica, assim como sabemos quem fotografou o carro e a partir deste obteve a morada, algo que certamente foi obtida na base de dados do IMTT, a que apenas algumas autoridades têm acesso. Como o carro estava estacionado junto da seção de investigação criminal da PSP, no edifício da Alfândegas, cada um que faça os seus palpites.

O desplante chega ao ponto de um deputado municipal do Araújo questionar alguém porque estava falando com o autor do Largo da Forca, na Casa do Benfica. Este deputado municipal esqueceu-se de quando era ele que reunia e jantava com o Largo da Forca.

Aquilo que se passa em VRSA não é fascismo, é uma espécie de híbrido entre fascistas e mafiosos sicilianos, gente que com negócios tão chorudos como aqueles a que temos assistido não hesita em recorrer à ameaça.

Mas fica aqui um recadinho ao João Reis. Não temos medo e muito menos de palermas.