SOLIDARIEDADE COM O POVO DA COMUNIDADE VALENCIANA



Os desaparecidos são tantos, a incompetência na resposta do Estado e a falta de informação ainda não nos permite ter uma noção da dimensão da tragédia, mas receamos que se venha a revelar muito maior do que se pensou no início.

Infelizmente as instituições do Estado falharam, o presidente da Comunidade Valenciana emitiu uma mensagem no X dizendo, a meio da tarde, que tudo tinha passado, Pedro Sanchez estava fora enquanto a sua ministra da Defesa dispensava a ajuda oferecida pela França e outros países, A Casa real festejou o aniversário da princesa Leonor e a outra infanta andava nas compras em Barcelona. Tudo isto depois de um alerta vermelho emitido de madrugada e perante e durante o desastre.

Como compreende que uma grande potência europeia tenha sido incapaz de responder? Como é possível dar milhões para uma guerra longínqua e nada se faça perante uma catástrofe no seu quintal. De que serve a democracia se escolhemos os piores, de que serve o Estado que cobra metade da riqueza criada em imposto e depois é incapaz?

Enquanto o desastre decorria o presidente da Comunidade Valenciana estava distribuindo medalhas e tirando fotografias, mais preocupado com os votos do que com o seu povo. Onde é que já vimos isto?

De muito menor dimensão, a tempestade Benard também foi mais do que anunciada e o que sucedeu em VRSA? O Araújo preferiu ir para Monchique, bajular a ministra da Infraestruturas, segurando o chapéu de chuva para a foto do Lima, já que nem chovia. E enquanto o temporal se abatia, nem Araújo, nem Cardigos, nem João Reis, nem Setúbal, nem Babita, nem Horta, só o encarregado da Soliva andou na rua.

Resta o povo e a sua solidariedade e enquanto os políticos faziam comunicações mais preocupados com os votos, foi o povo espanhol que se mobilizou e acorreu a Valência como se vê na imagem.

Deixamos aqui a nossa solidariedade com o povo de Valência, como portugueses e como vila-realenses.