Não é a hora de apresentar cadernos reivindicativos ou de
fazer propostas apressadas, porque não só é sabido que cadelas apressadas parem
cães cegos, como apresentar cadernos reivindicativos a um Estado acabado de
sair de uma bancarrota ou a uma CM que ainda está nessa situação, ainda por
cima um dia antes de muito provavelmente ser declarado o estado de emergência,
pode parecer muito bonito, mas não passa de um golpe sujo e em política nem
tudo vale, ainda que ande na política gente que não vale nada.
A situação de emergência leva a que a prioridade e preocupação
das pessoas sérias vá no sentido de criar condições para que se minimize ao
máximo o número de vítimas e se supere o mais rapidamente possível esta situação.
Não é a hora de chacota política e mesmo o ministro das Finanças e toda a sua
equipa e serviços estão concentrados na mobilização de recursos financeiros
para assegurar os meios ao SNS.
Para além das medidas já anunciadas pelo governo, pouco mais
se pode decidir neste momento e sem se saber o alcance e consequências da maior
crise de saúde pública desde a tragédia da gripe espanhola de 1918, em plena
Grande Guerra. Primeiro-ministro, ministro das Finanças e autarcas têm agora
uma tarefa prioritária, proteger a vida dos cidadãos.
É verdade e muito lamentável que nesta luta de vida ou de
morte o concelho de VRSA é o que parte sem meios para uma guerra em que a
sobrevivência de muitos munícipes por esse país fora vai depender da
competência dos seus autarcas e dos recursos das suas autarquias, porque são os
Municípios quem lidera a Proteção Civil a nível Municipal.
Acontece que na nossa terra gastaram o dinheiro em festas,
festarolas e palhaçadas e neste ano o único investimento que foi feito foi no
advogado Morais Sarmento. Ainda que não sejamos tão crentes como a presidente
da autarquia, resta-nos esperar uma qualquer proteção divida, de um qualquer
deus, porque não é abrindo as janelas para arejar as casas. como sugeriu a
nossa autarca na Rádio Guadiana, que se combatem vírus.
Os nossos autarcas terão de responder pelo que fizeram na
nossa terra e não os deixaremos de criticar por isso, mas nesta quem quiser
fazer propostas que as faça de forma séria e honesta, não é o momento de se
brincar com cascas de banana. Infelizmente, a margem de decisão do Município é
condicionada pelo estado de falência a que foi conduzido. Resta-nos como
vila-realenses estarmos unidos perante este inimigo maior e combatermos esta “peste”
que nos pode atingir com solidariedade, entreajuda e competência.