VÍTIMAS DO CABRITAVÍRUS



Se o mundo enfrenta o coronavírus desde que este surgiu há poucos meses na China, a nossa pobre e infestada terra enfrenta o cabritavírus desde finais de 2017, altura em que uma mutação no gomezvírus surgiu esta nova estirpe. Se o mundo espera que a pandemia acabe por passar, por aqui sabemos que teremos de nos defender do cabritavirus até finais de 2021 e se no caso do coronavírus poderão surgir antivirais ou mesmo uma vacina, já contra o cabritavirus já sabemos que não há médico nem juiz que nos safe desta praga.

Os sintomas do cabritavírus e a forma como entrou no corpo do Município já são conhecidos. Se o coronavírus entra no organismo humano através de uma proteína que existe em células do coração, dos pulmões e dos intestinos, no caso do cabritavirus sabe-se que entre no organismo do município preferencialmente através do cofre. Já quanto ao risco de contágio parece que ao contrário do coronavírus os nosso vírus não é contagioso, já que parece que as câmaras municipais de Castro Marim e de Tavira continuam sadias. Nem mesmo a CM de Castro Marim que andou deitada com a nossa, rebolando-se na EN125 aos olhos de todos, parece que não sofreu qualquer contaminação.

Os sintomas do cabritavirus no corpo do município são óbvios, ruína financeira, jardins por cuidar, hemorragias de dinheiros, com construtores civis falidos, candidatos a artistas de televisão ignorados pela Cristina Ferreira, eclesiásticos sem altar, sindicalistas arrependidos e outros germes do tipo dos glutões do Skip, só que estes em vez de nódoas parece preferem comer papel das notas de euros. Quando dá nos repuxos estes ficam seco, se atingem os caixotes do lixo estes ficam atulhados, nas habitações sociais resultam em despejos, no estacionamento e abastecimento de água resulta em multas, os sintomas do cabritavirus manifestam-se das mais diversas formas.

Todavia há quem sendo portador do vírus parece ser imune aos seus efeitos, é o caso dos construtores de jardins, dos hoteleiros de cinco estrelas, dos donos de bares de sonho, os senhores da ESSE e outras entidades que por qualquer razão desconhecida parece estarem imunes, talvez pelo forte contacto com o germe.

No que se refere à transmissão entre espécies, se há registo de um caso de transmissão a um cão na China, parece que pró cá também há sinais de que o cabritavírus se pode manifestar nalguns artistas de duas patas, em especial os que sofrem de problemas de obesidade mórbida. Na fase sintomática são evidentes os sinais como a falta de educação, os ataques e ameaças a quem os incomode e parece que tal como sucede com as contas da autarquia, também nos humanos que atinge há sinais de falência financeira.