UM LONGO INVERNO

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Não estamos apenas perante uma emergência de saúde, enfrentamos também um muito provável crise económica e financeira. Basta olharmos à volta e vemos muitos negócios a encerrar ou que terão de vir a encerrar temporária ou definitivamente por falta de receitas.

À incerteza quanto ao desfecho da crise na saúde junta-se a incerteza económica. Mesmo os que são infetados pelo coronavírus podem vir a ser reinfetados, já que da doença não resulta a imunização, ao contrário do que sucede com muitos outras doenças. Isto significa que enquanto a doença tiver expressão significativa num qualquer canto do mundo, há um sério risco de tudo voltar a acontecer.

Isto significa que é impossível estabelecer cenários a médio e longo prazo. Daqui resultam expectativas económicas negativas e insegurança, daí resultando uma quebra no investimento, tudo isto agravado pelo fato de estarmos perante uma crise generalizada à escala internacional. 

A agravar esta situação está o fato de isto ocorrer quando o país acabou de sair de uma grave crise financeira e sem recursos para reagir de forma musculada. Para VRSA estamos perante a crise perfeita, se o governo está condicionado na capacidade de resposta, o Município foi levado à falência e a equipa que o lidera não está claramente à altura, é literalmente incompetente.

VRSA corre um sério risco de enfrentar um longo inverno, sendo pouco provável que, de um ponto de vista económico, venha a haver verão e mesmo que as coisas se resolvessem antes o impacto desta crise no rendimento dos portugueses vai ser tão grande que seria sempre um verão pobre. Mas o cenário mais provável é que este ambiente de quarentena se prolongue por muitos meses e que a economia nacional apenas se reanime no último trimestre deste ano, se tudo correr bem à escala internacional no combate ao coronavírus.

Entre otimismos sem qualquer fundamento, como o que levou a presidente da autarquia a imaginar que iria haver Algarve Youth Cup, e o pessimismo resultante de uma avaliação resultante da realidade é bom que os agentes económicos se preparem para o pior e o pior em VRSA, muito graças à São Cabrita e ao Luís, pode vir mesmo a ser muito mau, pois o Município falido corre um sério risco de ficar ainda mais falido, senão mesmo irremediavelmente insolvente.