UM INVERNO DE PELO MENOS 22 MESES


Ice Age - Plugged In


Para entreter o concelho a presidente da CM criou uma equipa de trabalho para avaliar o impacto da pandemia na economia do concelho, talvez na esperança de que a coisa passe, evitando tomar medidas porque sabe muito bem que  a autarquia não tem dinheiro. Pode ser que tenhamos sorte e que as três ideias que retivemos do seu discurso nos salve, a descontaminação das ruas com água e lixívia, as suas preces de mulher crente e abrirmos as janelas para arejar as casas seguindo uma velha tradição medieval.

Por aquilo que se vê a tal equipa de trabalho vai ter d esperar sentada pois esta crise sanitária não terminará tão cedo e ainda antes de acabar estaremos mergulhados numa crise económica de dimensões ainda imprevisíveis. Quanto mais conseguirmos minimizar o efeito da epidemia mais esta se prolongará no tempo e pelas previsões das autoridades sanitárias começa a ser óbvio que este ano não teremos verão no sentido económico do termo.

Mas se a pandemia se prolongar no tempo estaremos perante uma crise financeira do Estado que será muito agravada porque estamos perante uma crise económica generalizada e que atinge os países mais desenvolvidos, a que se seguirão muitos provavelmente países em desenvolvimentos como o Brasil ou a Índia.

Estamos perante um cenário que não motiva grandes otimismos, a situação é tão grave que é bem provável que o Município venha a ter sérias dificuldades em pagar aos membros da equipa de trabalho ainda antes deles chegarem à brilhante conclusão de que a autarquia não tem dinheiro nem para mandar cantar um cego do que para adotar medidas de apoio ás empresas. E se tivesse todos sabemos que seriam apoiados os do costume.

A verdade nua e crua é que quando acordarmos do pesadelo do coronavírus concluiremos que afinal tínhamos um pesadelo dentro do outro, o da insolvência da autarquia. Se o Município sem qualquer calamidade e num contexto económico favorável tem-se vindo a afundar, sendo incapaz de dar sinais de recuperação, imagine-se o que vai ser cano as receitas municipais descerem abruptamente e os  juros subirem.

Enquanto os municípios vizinhos adotam medidas e daqui a uns meses darão apoios o nosso fará o do costume, aumentará as taxas para salvar a pele de autarcas que se esqueceram de que não se pode gastar dinheiro do Estado como se fossemos viciados no jogo. Graças ao brilhantismo de gestores autárquicos como o Luís Gomes, a São Cabrita, o Carlos Barros, o Luís Romão, o Pedro Pires e outros o nosso concelho arrisca-se a ter uma idade do gelo, falavam de centro comercial e de hotéis a céu aberto e o que temos é um enorme buraco financeiro que com esta crise fica impossível de tapar.